Órgão de Informação das Pontifícias Obras Missionárias desde 1927
Roma (Agência Fides) – “Fui o primeiro da Procuradoria Geral a combater o tráfico de seres humanos, no tráfico de prostituição como também de crianças, que estão envolvidos os pequenos grupos de 2-3 pessoas, as vezes parentes. A partir de 2001 no Ministério do Interno foi criada uma direção especial para este problema da luta contra o tráfico de seres humanos, com a ajuda das organizações não-governamentais”. Eugen Rusu, procurador da Moldávia, sublinha que também nesta nação da Europa oriental tomou consciência da gravidade da situação e a está enfrentando. O problema é o trânsito, o buraco negro da Europa, confinante com a Moldávia.” Anualmente chegam a 400 os processos penais ligados ao tráfico de seres humanos, prossegue Rusu. As crianças são cerca de 8% do total. Antes eram falsas agências turísticas ou particulares que se ocupavam destes tráficos, agora é diferente. A aplicação da Convenção de Palermo por parte dos estados membros é muito lenta. Estamos atrasados em relação ao mundo crime. Os nossos cidadãos não partiriam deixando os filhos sozinhos e sem proteção, se tivessem aqui um trabalho. Os criminais não se inteligentes, porém mais espertos, mais ruins. A inteligência não existe quando se fala de criminais. Temos moldávios condenados pelo tráfico, mas não acontece para os exploradores de nossos cidadãos na Itália, Israel, Turquia. Esta é a parte mais fraca. Uma pessoa que não é retribuída adequadamente é um crime que deve ser condenado em nível internacional. Tive vários casos de mães que deixaram dois, três, cinco filhos, que partiram por 5 ou 7 anos. Mas podemos condenar uma pessoa por ela ir trabalhar ilegalmente como doméstica? Ou garotas que são exploradas sexualmente? São todas vítimas. Todas pessoas obrigadas”. (Antecipação do programa televisivo “A mala com o barbante”: 4 transmissões de investigação sobre imigração no mundo que irão ao ar no canal Rai Uno a partir de 29 de junho) (Agência Fides 8/6/2009)
