Órgão de Informação das Pontifícias Obras Missionárias desde 1927
Cidade do Vaticano (Agência Fides) – No sábado, 30 de maio, nos jardins do Vaticano, na conclusão do mês mariano, se realizou a procissão com a recitação do Santo Rosário. Ao final da celebração, presidida pelo Cardeal Angelo Comastri, Vigário Geral do Santo Padre para a cidade do Vaticano e arcipreste da Basílica de São Pedro, o Santo padre Bento XVI dirigiu aos fiéis presentes um discurso no qual evidenciou a ligação com o Pentecostes: “Também nós, nesta penúltima noite de maio, da colina do Vaticano, invocamos a efusão do Espírito Paráclito sobre nós, sobre a Igreja que está em Roma e sobre todo povo cristão. A grande festa do Pentecostes nos convida a meditar sobre a relação entre o Espírito Santo e Maria, uma relação estreita, privilegiada, indissolúvel”.
"No Novo Testamento nós vemos que a fé de Maria atrai o dom do Espírito Santo", explicou o papa, recordando a concepção do Filho de Deus, e logo depois a visita à Elisabete: "o Espírito Santo fez o menino se agitar no ventre daquela idosa mulher parente de Maria; e todo o diálogo entre as duas mães foi inspirado pelo Espírito de Deus, sobretudo o cântico de louvor com o qual Maria expressa os seus sentimentos profundos, o Magnificat. Toda a história do nascimento de Jesus e de sua primeira infância guiada de maneira palpável pelo Espírito Santo, mesmo se Ele não é sempre nominado". "Podemos estar certos de que o coração santíssimo de Jesus em todo o arco de tempo de vida escondida em Nazaré sempre encontrou no coração imaculado de Maria um ambiente sempre cheio de oração e de constante atenção à voz do Espírito, prosseguiu Bento XVI. Testemunho desta singular sintonia entre Mãe e Filho em buscar a vontade de Deus, é o que acontece em Cana... o 'vinho bom' indica o mistério do Sangue de Cristo. Isto nos conduz diretamente ao Calvário... a Mãe e o discípulo acolhem espiritualmente o testemunho de Jesus: as suas últimas palavras e o seu último respiro, no qual Ele começa a infundir o Espírito; e acolhem o grito silencioso de seu sangue, inteiramente derramado por nós... Assim a fé de Maria ajuda a fé dos discípulos até o encontro com o Senhor ressuscitado, e continuou a acompanhá-los também depois de sua Ascensão ao céu... No Pentecostes, a Virgem Mãe aparece novamente como Esposa do Espírito, por uma maternidade universal em relação a todos aqueles que são gerados por Deus pela fé em Cristo". O pontífice concluiu a sua reflexão, antes de dar a bênção, com esta exortação: "na escola de Maria, aprendemos também nós a reconhecer a presença do Espírito Santo em nossa vida, a ouvir as suas inspirações e a segui-las docilmente. Ele nos faça crescer segundo a plenitude de Cristo, segundo aqueles bons frutos que o apóstolo Paulo citou na Carta aos Gálatas? "Amor, alegria, paz, magnanimidade, benevolência, bondade, fidelidade, mansidão, domínio de si" (Gal 5,22). Desejo que todos vocês sejam repletos destes dons e que caminhem sempre com Maria segundo o Espírito". (S.L.) (Agência Fides 1/6/2009)
