ÁFRICA/QUÊNIA - Um relatório da ONU acusa a polícia de graves violações dos direitos humanos

Sexta, 29 Maio 2009

Nairóbi (Agência Fides) – Está causando perplexidade no Quênia o relatório do representante das Nações Unidas para os direitos humanos, Philp Alston, que acusa a polícia queniana de graves violações dos direitos.
O relatório afirma que existem provas que ligam oficiais da polícia à mortes extra-judiciárias; que a ineficiência e a corrupção do sistema judiciário prejudicam a conquista de uma justiça eficiente; que os defensores dos direitos humanos são ameaçados pelos funcionários do governo.
No relatório, que é fruto de uma pesquisa realizada em fevereiro em Alston, pede-se a constituição de uma comissão independente de investigação sobre os esquadrões da morte, a remoção do chefe de polícia, Husein Ali, e do Procurador Geral, Amos Wako.
O governo queniano definiu "totalmente inaceitável" as conclusões do relatório, e em particular o pedido de demissão de outros funcionários, e acusou Alston de "não saber compreender as peculiaridades do país, os recentes problemas políticos e os desafios a serem enfrentados em seu processo de reconciliação depois das violências eleitorais".
Uma delegação governamental composta por ministros da Segurança Interna e da Justiça, e pelo procurador Wako, deverá chegar a próxima semana em Genebra, para enfrentar o problema diante da comissão da ONU pelos direitos humanos. (L.M.) (Agência Fides 29/5/2009)


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