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Cidade do Vaticano (Agência Fides) – Por ocasião do quinto aniversário da aprovação e da publicação da Educação “Erga migrantes caritas Christi” (A caridade de Cristo com os migrantes) o Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes divulgou o seguinte comunicado.
“A caridade de Cristo com os migrantes nos incentiva (cfr. 2 Cor 5,14) a enfrentar [sempre] novamente os seus problemas, que já dizem respeito ao mundo inteiro. Com efeito, todos os Países, de uma forma ou de outra, vêem-se hoje diante do fenômeno das migrações na vida social, econômica, política e religiosa, um fenômeno que cada vez mais assume uma forma permanente e estrutural” (Erga migrantes caritas Christi, EMCC, 1).
Com estas palavras inicia-se a Educação Erga migrantes caritas Christi, aprovada pelo Papa João Paulo II em 1° de maio de 2004, Festa de são José trabalhador, e publicada pelo Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes no dia 3 de maio seguinte. O Documento pretendia “atualizar a pastoral migratória… passados já trinta e cinco anos da publicação do Motu proprio de Papa Paulo VI Pastoralis migratorum cura e da respectiva Educação da Sagrada Congregação para os Bispos De pastorais migratorum cura” (EMCC, Introdução).
Depois de cinco anos da sua promulgação o nosso Pontifício Conselho considerou oportuno relembrá-la também com a convocação de um Congresso Mundial para a pastoral dos Migrantes e dos Refugiados, o sexto da série, especificamente sobre o tema “Uma resposta pastoral para o fenômeno migratório na era da globalização (cinco anos depois da Erga migrantes caritas Christi)”. Acontecerá no Vaticano, de 9 a 12 de novembro próximo.
Está prevista a participação de representantes das Comissões Episcopais para a pastoral dos migrantes e refugiados de muitos Países de vários continentes, de modo que as reflexões e as sugestões para futuros projetos sejam uma verdadeira manifestação daqueles que estão empenhados nesta pastoral seja qual for o lugar do planeta em que estejam. Também estarão presentes especialistas no assunto, além dos Delegados de Congregações e Institutos Religiosos, e Movimentos eclesiais e Associações leigas visando um futuro empenho nessa área que apresenta diversos desafios. A presença de Delegados fraternos do Conselho ecumênico das Igrejas, do Patriarcado ecumênico de Constantinopla, da Comunhão Anglicana e da Federação Luterana mundial dará um tom ecumênico ao encontro.
Durante o Congresso serão debatidas questões ligadas ao fenômeno migratório, tanto internacional como interno e a globalização, a urbanização, a cooperação entre a Igreja de origem e a do destino dos migrantes e dos refugiados, a sua acolhida e integração, o diálogo ecumênico, inter-religioso e intercultural, a cooperação entre Igrejas e Religiões, assim como entre instituições eclesiais e civis tendo em vista o bem estar dos migrantes e refugiados, e, em consequência, também das populações autóctones. A atenção estará voltada para a situação em que vivem estas pessoas nos centros de acolhimento e nas prisões.
Entre os oradores estão os Cardeais Jean-Baptiste Pam Minh Mân do Vietnã, John Njue do Quênia e Odilo Pedro Scherer do Brasil e o Prof. Stefano Zamagni da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade de Bolonha. O ponto culminante do Congresso será a Audiência com o Papa Bento XVI que, na ocasião da última Assembléia Plenária do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes, no dia 15 de maio do ano passado, disse: “A ninguém escapa …que a mobilidade humana representa, no atual mundo globalizado, uma fronteira importante para a nova evangelização. Encorajo-vos, portanto, a continuar no vosso empenho pastoral com zelo renovado, enquanto que, da minha parte, asseguro-vos a minha proximidade espiritual”.
Para mais informações sobre o Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes, pode-se consultar o recente “Dossiê Fides”, de 25 de abril de 2009. (S.L.) (Agência Fides 4/5/2009)
