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Cidade do Vaticano (Agência Fides) – O Estado do Vaticano, que possui em si os tesouros da fé, da história, da arte, protege um patrimônio precioso para toda a humanidade. De seu coração, onde se encontra o túmulo de São Pedro, lugar também onde mora o papa, se eleva um incessante apelo em prol do verdadeiro progresso social, da esperança, da reconciliação e da paz. Agora, este nosso Estado, depois recordar solenemente os 80 anos de sua fundação, retoma o caminho com mais impulso apostólico. Possa a Cidade do Vaticano ser sempre mais uma verdadeira “cidade sobre o monte”, luminosa graças às convicções e á generosa dedicação daqueles que trabalham a serviço da missão eclesial de sucessor de Pedro”. É o desejo expresso pelo Santo Padre Bento XVI aos participantes do encontro de estudos promovido por ocasião do 80° Aniversário de Fundação do Estado da Cidade do Vaticano, recebidos em audiência no dia 14 de fevereiro.
Expressando a sua alegria pelas celebrações e pelas várias iniciativas que se realizaram pare comemorar o evento, iniciativas que “serviram para aprofundar e fazer conhecer melhor a fisionomia da Civitas Vaticana”, o pontífice sublinhou que “para quem trabalha cotidianamente a serviço da Santa Sé ou para que vive na Urbe é um fato concreto que exista no coração de Roma um pequeno Estado, mas nem todos sabem que ele é fruto de um processo histórico atormentado, que tornou possível a constituição, motivada por ideais de fé e de uma clara consciência da finalidade que deveria exercer”.
Voltando com a memória em 11 de fevereiro de 1929, e “a Papa Pio XI que foi um o primeiro, o principal artífice e protagonista dos Pactos Lateranenses, bento XVI sublinhou que “ele foi com lucidez e muita força de vontade o verdadeiro fundador e o primeiro construtor do Estado da Cidade do Vaticano. Os estudos históricos durante o seu pontificado nos fazem sempre mais perceber a grandeza do Papa Ratti, que guiou a Igreja nos difíceis anos entre as duas guerras mundiais”. Bento XVI citou o forte impulso que Pio XI deu à ação eclesial em suas várias dimensões. Enfim, durante o seu pontificado “teve que se confrontar com as dificuldades e as perseguições que a Igreja sofria em países como o México e a Espanha, e com a luta contra os totalitarismos, nacionalismo e fascismo, que se fortificaram naqueles anos. Na Alemanha é inesquecível a sua grande Encíclica ‘Mit brennender Sorge’, como forte sinal contra o nazismo”.
Também o Estado do Vaticano, foi “considerado por Pio XI um instrumento para garantir a necessária independência de todo poder humano, e dar á Igreja e a seu Supremo Pastor a possibilidade de cumprir plenamente o mandato recebido por Cristo Jesus. Em relação a esta pequena, mas completa realidade estadual fosse útil e benéfica para a Santa Sé, para a Igreja, como também para Roma e o mundo inteiro, se vê apenas dez anos depois, quando estourou a II Guerra Mundial, uma guerra que chegou com as suas violências e sofrimentos até as portas do Vaticano”.
Nestes 80 anos de vida, o “Estado do Vaticano se demonstrou um instrumento útil e sempre à altura das exigências da missão do papa, das necessidades da Igreja, como também das mudanças das condições da sociedade”, evidenciou Bento XVI , agradecendo ao Senhor que “guia a Igreja nas fatos muitas vezes complicados do mar da história, e ajuda o seu Vigário na terra na realização de sua tarefa de Christianae religionis summus Antistes.” Expressando a sua gratidão “a todos aqueles que foram no passado e são ainda protagonistas da vida do Estado do Vaticano”, o Santo Padre encorajou as pessoas que trabalham nos vários setores do Estado do Vaticano a “desempenhar as suas tarefas não somente com honestidade e competência profissional, mas também com uma sempre maior consciência que o seu trabalho é um precioso serviço em favor da causa do Reino de Deus”. (S.L.) (Agência Fides 16/2/2009)
