Órgão de Informação das Pontifícias Obras Missionárias desde 1927
Nápoles (Agência Fides) – “è necessário que cada um tome consciência do que é esta parte do país e do que pode ser feito para o bem de todos. Não se trata de criar outra Itália mas construir um único país com a participação de riquezas diferentes, convergentes e complementares”. O Cardeal Angelo Bagnasco, arcebispo de Gênova e Presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), durante a homilia realizada na Catedral de Nápoles, falou da situação no sul da Itália , no segundo dia do encontro “Igreja no sul, Igreja do Sul”. O purpurado exortou a Igreja no sul e as pessoas a serem protagonistas de seu próprio futuro, “com uma dose de energia conscientes e responsável”. Vinte anos atrás os bispos italianos assinaram um documento sobre “Igreja italiana e sul do país”, e hoje o encontro “Igreja no sul, Igreja do Sul”, realizado em Nápoles de 12 a 13 de fevereiro, ressaltou como o documento tenha sido pré-monitor segundo a análise do professor Piero Barucci, garante da concorrência e do mercado, extremamente vital e contendo também uma advertência.
O subtítulo do encontro “Ao futuro como fiéis responsáveis”, é um outro apelo tanto á esperança quanto ao que o cardeal-arcebispo de Nápoles, Crescenzio Sepe, define “exercício da caridade que é a exigência de toda a Igreja”. E a advertência que inspirou o documento de 1989 está sempre o mesmo: “O país não crescerá, se não estivermos unidos”.
O documento de 1989, disse o Cardeal Sepe, indicava as linhas de empenho da Igreja e dos cristãos para o sul do país: solidariedade recíproca, capacidade de testemunho profético, liberdade de influência no poder, nova evangelização, formação ao compromisso político, ministerial de serviço e de libertação”. Comum a análise e uma realidade que no âmbito da crescente crise econômica mundial não pode que ser ainda mais problemática. Mas não precisa para somente para constatar o drama social.
“Nós devemos alimentar a esperança. Fazer entender que cada um possui dons e na troca recíproca se pode ir avante juntos”, disse ainda o Cardeal Sepe. Obviamente a análise não pode partir se não do concreto e a primeira relação, apresentada pelo professor Barocci, evidenciou que os vinte anos passados foram uma verdadeira revolução para o país. Terminou uma época, tanto que ocorre se perguntar se tem sentido falar de um problema do sul. Todavia a economia está em crise e o sul mesmo tendo pontos de excelência não consegue decolar”.
O diretor do Departamento Pastoral da Cultura de Palermo, Giuseppe Savagnone, sublinhou que é preciso ser realistas e que em certos pontos o documento de 1989 foi um pouco otimista. Na realidade hoje o discurso é visto em dos planos (plano nobre e plano terra): o mundo das reflexões e o mundo das obras, o planeta dos encontros e os da pastoral. Infelizmente são planos separados. E esta análise é fruto também dos documentos e das reflexões que os bispos do sul fizeram de 1989 a hoje, na Calábria, Puglia, Basilicata e Campania.
O professor Alessandro Pajno, Presidente da seção do Conselho de Estado, ressalta que o sentido de pertença deve fazer um salto de qualidade, deve se afirmar uma consciência religiosa que saiba se realizar em consciência civil. “O que falta também é a ligação entre escolha religiosa e escolha histórica. Os católicos do sul correm o risco de fazer escolhas que pessoais enquanto existe a necessidade de um cristianismo consciente, de uma sentido de pertença à Igreja que faça com que o leigo seja um católico empenhado na sociedade”.
O professor Carlo Greco, Diretor da Pontifícia Faculdade Teológica do sul da Itália, delineou o contexto da nova pastoral em que a imagem da Igreja se torna missionária, criativa e propositiva. Uma intuição que se afirmou muito incisivamente com o encontro dos bispos de Palermo realizado em 1995 e da qual a Igreja desenvolveu um projeto cultural. (C.S.) (Agência Fides 13/2/2009)
