VATICANO - O Santo Padre à Comissão mista internacional para o Diálogo teológico entre a Igreja Católica e as Igrejas Orientais Ortodoxas: “o mundo necessita de uma sinal visível do mistério de unidade que liga as três Pessoas divinas que nos foi revelado dois mil anos atrás, com a encarnação do Filho de Deus”

Cidade do Vaticano (Agência Fides) – Ao final da Reunião da Comissão mista internacional para o Diálogo teológico entre a Igreja Católica e as Igrejas Orientais Ortodoxas, em 30 de janeiro o Santo Padre bento XVI recebeu em audiência os participantes. “Ao final desta semana de intenso trabalho, podemos juntos dar graças ao Senhor pelo compromisso de vocês na busca da reconciliação e da comunhão no Corpo Místico, que é a Igreja”. “O mundo necessita de um sinal visível do mistério de unidade que liga as três Pessoas divinas que nos foi revelado dois mil anos atrás, com a encarnação do Filho de Deus... A nossa comunhão através da graça do Espírito Santo na vida que une o Pai e o Filho, tem uma dimensão perceptível no seio da Igreja, Corpo de Cristo, ‘a plenitude daquele que se realiza inteiramente em todas as coisas’ (Ef 1, 23), e todos nós temos o dever de nos empenhar a fim que esta dimensão fundamental da Igreja se manifeste no mundo”.
Bento XVI recordou com satisfação que neste sexto encontro “foram realizados passos importantes sobretudo no estudo da Igreja como comunhão”, além disso o fato que “o diálogo tenha prosseguido no tempo e seja hospedado a cada ano por uma das diversas Igrejas que vocês representam é um sinal de esperança e de encorajamento”. Em relação ao Oriente Médio, o pontífice sublinhou que “são urgentemente necessários sementes autênticas de esperança num mundo ferido pela tragédia da divisão, do conflito e pelo imenso sofrimento humano”.
Enfim, citando a recente Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, concluída na basílica de São Paulo Fora dos Muros, o Santo Padre evidenciou que “Paulo foi o primeiro grande defensor e teólogo da unidade da Igreja. Os seus esforços e as suas lutas foram inspiradas pela constante aspiração a manter uma comunhão visível não somente exterior, mas real e plena, entre os discípulos do Senhor. Portanto, por intercessão de Paulo, peço a bênção de Deus para todos vocês e para as Igrejas e os povos que vocês representam”. (S.L.) (Agência Fides 2/2/2009)