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Cidade do Vaticano (Agência Fides) – “A comunhão com o bispo de Roma, garante da unidade eclesial, permita às comunidades confiadas aos seus cuidados pastorais, não obstante as minoritárias, sentir-se cum Petro e sub Petro, parte viva do Corpo de Cristo espalhado por toda a terra. A unidade, que é dom de Cristo, cresce e se desenvolve de fato nas concretas situações das diversas Igrejas locais”. Assim se expressou o Santo Padre Bento XVI acolhendo os bispos da Rússia em visita ad Limina, em 29 de janeiro. O papa apreciou o compromisso com o qual os bispos cuidam “da participação litúrgica-sacramental, da catequese, da formação sacerdotal e da preparação de um laicato amadurecido e responsável, que seja fermento evangélico nas famílias e na sociedade civil. Infelizmente também na Rússia, como em outras partes do mundo, se verifica a crise da família e também a queda demográfica, junto com outras problemáticas que assolam a sociedade contemporânea”. A atenção se dirige de maneira particular aos jovens, aos quais a comunidade católica russa “é chamada a transmitir o inalterado patrimônio da santidade e da fidelidade a Cristo e os valores humanos e espirituais que estão à base de uma eficaz promoção humana e evangélica’.
Diante de tantas preocupações que se apresentam cotidianamente, o Santo Padre exortou os bispos a não se desencorajarem, mas a alimentarem em si mesmos e em seus colaboradores, “um autêntico espírito de fé”. “Prossigam na promoção e nos cuidados, com constante compromisso e atenção, das vocações sacerdotais e religiosas”, recomendou o pontífice. Cuidem da formação dos presbíteros com a mesma solicitude de São Paulo em relação aos seu discípulo Timóteo, para que sejam autênticos ‘homens de Deus” (cfr. 1 Tm 6, 11). Sejam para eles como pais e modelos no serviço aos irmãos... Igualmente, tenham em seus corações a formação das pessoas consagradas e o crescimento espiritual dos fiéis leigos, a fim de que sintam suas vidas como resposta ao chamado universal à santidade que deve expressar-se num coerente testemunho evangélico na vida cotidiana”.
Referindo-se ao contexto em que vivem as comunidades católicas, “num país marcado na maioria de sua população por uma milenar tradição ortodoxa com um rico patrimônio religioso e cultural”, o papa sublinhou a necessidade de um “renovado compromisso no diálogo com os nossos irmãos e irmãs ortodoxos”, e acrescentou: “Nestes dias me sinto particularmente próximo aos queridos irmãos e irmãs da Igreja Ortodoxa Russa, que se alegram pela eleição do metropolita Kirill como novo Patriarca de Moscou e de Todas as Rússias: a ele as minhas felicitações pela delicada tarefa eclesial que lhe foi confiada. Peço ao Senhor para que nos confirme no compromisso de caminhar juntos na estrada da reconciliação e do amor fraterno”. Então o papa exortou a uma colaboração no âmbito de interesse comum em prol da educação das novas gerações: “É importante que os cristãos enfrentem unidos os grandes desafios culturais e éticos do momento presente, concernente a dignidade humana e os seus direitos inalienáveis, a defesa da vida em todas as suas fases, a tutela da família e outras urgentes questões econômicas e sociais”.
O Santo Padre concluiu seu discurso expressando a sua gratidão aos bispos pelo seu ministério episcopal realizado na fidelidade ao Magistério e assegurou-lhes uma cotidiana recordação na oração. “Através de vocês chega o meu agradecimento aos sacerdotes, aos religiosos, às religiosas e aos leigos que colaboram com vocês no serviço de Cristo e de seu Evangelho... de coração dou a minha especial Bênção Apostólica a cada um de vocês, estendendo com afeto aos sacerdotes, aos religiosos e às religiosas e a toda comunidade católica que dá testemunho de Cristo entre as populações da Federação Russa”. (S.L.) (Agência Fides 30/1/2009)
