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Santo Domingo (Agência Fides) – Por ocasião da Festa da Virgem de Altagracia, Padroeira do País, os Bispos da República Dominicana publicaram, como todos os anos, uma Carta pastoral com o título “Paulo, modelo de discípulo missionário”. “Celebrar o Ano Paulino nos ajuda a olhar com profundidade a sua conversão e a sua obra missionária” lê-se no texto. Por isso, segundo os Bispos, é oportuno “nos unirmos aos sentimentos do nosso Pastor Universal e redigir esta Carta Pastoral”, que se insere no âmbito do III Piano Nacional em andamento no País e da Grande Missão Continental lançada em Aparecida.
Os Bispos apresentam, em primeiro lugar, Paulo como modelo de discípulo, recordando que a sua conversão “é fruto de um encontro pessoal com Jesus Cristo e a sua Igreja”. Daí o convite a todos os fiéis dominicanos para o encontro pessoal com Cristo a exemplo de São Paulo. “Precisamos de imitadores de Cristo nos moldes de São Paulo, capazes de criar uma sociedade nova na qual os valores culturais sejam eficazmente iluminados do Evangelho”.
São Paulo é também modelo de missionário, “que vai muito mais além”. De fato, “supera a barreira que divide os judeus e os gentios”, “lança-se para além das próprias fronteiras culturais, tentando conquistar todos para Cristo”, “vai ao encontro das culturas para fazer com que o Evangelho fale com eles”. Ao apresentarem este modelo, os Bispos dirigem um apelo a todos os cristãos para “uma evangelização mais audaciosa e capaz de erguer os valores culturais dominicanos, de modo que possam redescobrir as suas raízes”.
São muitos os ambientes que ainda precisam ser evangelizados, continua o texto. Em muitos, manifestam-se de modo declarado as obras da carne: o narcotráfico e a corrupção, a evasão fiscal, a corrupção administrativa e o pouco caso, o tráfico ilegal de pessoas e a prostituição, o sexo desenfreado e o aborto, a infidelidade conjugal, a violência na família, as relações pré-matrimoniais, o álcool, a droga, a pornografia, o crime, o abuso infantil. São todas realidades que devem ser iluminadas pelo Evangelho.
Em terceiro lugar, São Paulo é apresentado como educador da comunidade, pois “é por antonomásia o Apóstolo itinerante que se dedicou a fundar comunidades cristãs”. Por último, é proposto como modelo de educador dos discípulos missionários, uma vez que “é mestre na fé, pai espiritual de muitos”. Nesse sentido, os Bispos recordam que “não poderá ser um bom formador de discípulos missionários quem não for antes discípulo e permanecer em comunhão e obediência à Igreja”.
Na mesma Carta pastoral, os Bispos dominicanos recordam que a Missão Continental será lançada no País no próximo dia 25 de janeiro, Festa da Conversão de São Paulo, evento para o qual todo o povo se prepara com a Novena à Virgem de Altagracia. Tal Missão “nos lembra que a Igreja é essencialmente missionária e é chamada a fazer com que os nossos povos latino-americanos tenham vida em Cristo. E para fazer isso no nosso País, é necessária uma Igreja em estado permanente de missão”. A maior razão, quando se considera a proliferação de grupos e seitas que estão “criando uma situação de confusão religiosa, prometendo uma salvação fácil que cria falsas expectativas em pessoas pouco preparadas, que se deixam levar, distanciando-se da Igreja e dos Sacramentos”.
O texto dos Bispos é concluído com um reconhecimento e um agradecimento a “todos os missionários, as missionárias e os catequistas que, há tantos anos, vieram evangelizar, e a todos os operadores de pastoral que levam adiante o nosso Plano Pastoral”. Esses são exortados “a continuar com entusiasmada dedicação e a fazer avançar com vigor o itinerário evangelizador, estimulados pelo testemunho do Apóstolo Paulo”. (RG) (Agência Fides 20/1/2009)
