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Cidade do México (Agência Fides) - Durante o último dia do Congresso Teológico Pastoral, celebrado no VI Encontro Mundial das Famílias (EMF), foram realizadas diversas atividades. Para o encerramento do Congresso, chegou o Cardeal Tarcisio Bertone, Secretário de Estado Vaticano e Delegado Pontifício para o VI EMF.
Na tarde de sexta-feira, 16 de janeiro, foi composto "O Mosaico das Famílias", uma gigantesca foto mural com a imagem do Papa Bento XVI, composto por cinco mil fotografias de famílias de todo o mundo. O Mosaico foi enviado ao Papa por meio do Cardeal Bertone. O significado do mosaico é "que em todas as famílias esteja presente espiritualmente o Papa Bento XVI e com Ele estejam presentes todas as famílias", conforme explicou o coordenador da atividade.
"O Congresso teológico pastoral termina esta tarde, mas em cada uma das nossas famílias e das nossas comunidades continua a bater com força o empenho que nos reuniu nesses dias: fazer da família a principal formadora nos valores humanos e cristãos", afirmou o Cardeal Rivera Carrera na Mensagem de encerramento do Congresso Teológico.
O texto diz que o caminho a ser percorrido pelas famílias não é fácil, "contudo ela pode ressurgir também nos ambientes mais adversos. É, porém, necessário construirmos ao seu redor os ambientes necessários, e ela, sozinha, se restabelecerá ”. No encerramento do Congresso, o Cardeal afirmou que devemos "voltar a propor o modelo familiar, que sabemos ser o mais completo, o mais harmonioso, o modelo que forma a comunidade de vida e de amor que é o matrimônio, e que se prolonga nos filhos como frutos naturais do primeiro de todos os valores". Um modelo que “nem sempre está presente em todas as comunidades humanas, e muitas vezes se apresenta destruído na sociedade, pela fragilidade humana, mas não podemos parar de aspirar a continuar construindo este modelo que realiza maravilhosamente a vocação humana e divina do ser humano".
Assim, lançou um apelo a todas as famílias para que não deixem nunca de ser um dom para a sociedade e para as outras famílias. "Dêem às outras famílias o testemunho dos seus valores de amor, dos valores humanos, dos valores espirituais e dos valores cristãos. As famílias não deixem nunca de ser um dom para os outros, mesmo quando se sentirem atingidas pelo pecado, ou quando surgem erros na vida. Porque, às vezes, o melhor dos dons é mostrar que, em todas as quedas na vida, pode-se sempre ter a esperança de voltar a se levantar”.
No último dia do Congresso Teológico Pastoral, no final da primeira sessão, foram apresentados alguns projetos internacionais a favor da família. Um dos expositores, Salvatore Villalobos, diretor do Conselho de Comunicação do México, organismo da iniciativa privada, que promove todos os anos o Dia da família no primeiro domingo de março, destacou que depois de pesquisas e avaliações de diversas campanhas contra a droga ou contra a violência, percebeu-se ser mai eficaz centrar os esforços no fortalecimento da família. "Com uma família saudável não teremos que lutar contra esses perigos que hoje ameaçam a nossa juventude". Michele Velasco, Diretora da "Priest for life", associação internacional de Sacerdotes para a vida, fundada nos Estados Unidos em 1991, afirmou que todo católico deve defender a vida humana. Em seguida, o Padre Domenico di Raimundo, Superior Geral dos Missionários do Espírito Santo, apresentou a bem-aventurada mexicana Concepción Armida, como modelo de mulher, mãe e apóstolo. "Escritora talentosa, Conchita teve no amor a Cristo a sua motivação principal na época tumultuada do México da revolução. A sua mensagem foi sempre que o matrimônio e a vida da família são um caminho de santidade". Também o polonês Antoni Zieba, promotor da iniciativa da Oração mundial para a vida humana, explicou que este projeto surgiu para enfrentar a realidade em que 50 milhões de vidas humanas todos os anos são eliminadas pela prática do aborto. Enfim, Noél Kinsella, Presidente do Senado do Canadá, defendeu com firmeza o direito da família à proteção da sociedade e do Estado, como manifesta a Declaração Universal dos Direitos humanos. "O Estado não deve cercear a família, mas sim estar disponível para prestar assistência à família quando ela não puder contar com os meios ou a capacidade para atender às próprias necessidades." (RG) (Agência Fides 19/1/2009)
