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Cidade do México (Agência Fides) - O Cardeal Tarcisio Bertone, Secretário de Estado Vaticano e Delegado Pontifício de Sua Santidade Bento XVI no VI Encontro Mundial das Famílias (EMF), encontrou-se privadamente, no dia 16 de janeiro, com mais de 80 Bispos da Conferência Episcopal Mexicana (CEM).
No início da reunião, Dom Carlos Aguiar Retes, Presidente da CEM, pronunciou um discurso de boas-vindas e informou sobre algumas atividades relevantes da CEM. Destacou em primeiro lugar o trabalho de “reestruturação” efetuado de 2003 a 2006, buscando "definir as tarefas próprias da ação colegial e revitalizar a instância da Província Eclesiástica promovendo a comunhão entre as Igrejas". Um fruto desse trabalho foi a proposta à Santa Sé de quatro novas províncias eclesiásticas, criadas pelo Santo Padre em janeiro de 2006, e a revisão dos estatutos da CEM em 2008. No triênio 2006-2009 se está trabalhando de acordo com as novas estruturas. As Assembléias Plenárias deste período são orientadas para o conhecimento do Documento de Aparecida e para o lançamento e a preparação da Missão Continental.
Além disso, há três anos os Bispos celebram uma Semana de formação permanente anual considerada por todos como muito positiva. O Presidente da CEM informou também que, diante da necessidade exposta à Igreja do México de apresentar sacerdotes idôneos para ingressar na Pontifícia Academia Eclesiástica e prepararem-se assim para o Serviço Diplomático da Santa Sé, estabeleceu-se que cada Arcebispo assuma a promoção da solicitação entre as Dioceses da sua Província Eclesiástica.
O Card. Tarcisio Bertone dirigiu um breve discurso a todos os Bispos, em que, em primeiro lugar, trouxe a saudação do Santo Padre a todo o povo mexicano, encorajando-o "para que, em meio às dificuldades do momento presente, não deixem de lado o seu empenho de anunciar a todos os homens a Boa Notícia da Salvação".
Em seguida, recordando a última Assembléia Plenária da CEM, na qual os Bispos refletiram amplamente, ao lado dos cento e dezoito leigos provenientes de muitas dioceses mexicanas, sobre a necessidade de impulsionar um novo e corajoso protagonismo leigo (ver Fides de 11/11/2008; 14/11/2008), o Card. Bertone afirmou que "já é tempo dos leigos assumirem plenamente a sua própria vocação na Igreja e na sociedade". Além disso, segundo o Secretário de Estado Vaticano, "as circunstâncias atuais, e o caminho do mundo em geral, estão reclamando um apostolado secular mais intenso e amplo, pleno de zelo e de amor a Deus". Um apostolado que deve se realizar de forma prioritária nos âmbitos seculares que são a área própria dos leigos. Em primeiro lugar, a área da política e da cultura. “É preciso incentivá-los e oferecer-lhes toda a ajuda necessária para que se dediquem, com coerência de vida e com verdadeiro espírito de serviço, aos irmãos, nas estruturas públicas do seu País". Efetivamente, a vocação cristã do leigo “não o distancia do mundo, melhor, leva-o a tomar parte da construção da sociedade civil contribuindo assim para o bem comum de toda a nação, à qual pertence por direito próprio".
Em segundo lugar, o Card. Bertone recordou a importância do apostolado dos leigos no campo do matrimônio e da família, onde "os casais cristãos são chamados a dar um testemunho especial da santidade do matrimônio e da sua importância para a sociedade". Segundo explicou o Purpurado, "trabalhar para o bem do matrimônio e da família é lutar pelo bem do ser humano e da sociedade". Nesse sentido, lançou um apelo para trabalhar "a fim de que o ordenamento jurídico de um País respeite a identidade própria desta instituição natural que está na base da sua própria estrutura social". Mas não basta somente contar com boas leis, "é necessário também se empenhar especialmente num amplo trabalho de educação e formação que ajude a todos, aos mais jovens, a descobrir e estimar a beleza e a importância do matrimônio e da família".
Finalmente, encorajou os Bispos para que, também nessa situação difícil que vive o país, não "parem de apresentar Cristo como o verdadeiro motivo de esperança". Desse modo, o "México será capaz de superar todos os obstáculos e de construir um amanhã mais justo e livre para todos, onde se ponha fim às chagas sociais que impedem o desenvolvimento e , especialmente, seja respeitada a dignidade da pessoa, da sua concepção até sua morte natural". (RG) (Agência Fides 19/1/2009)
