VATICANO - O comunicado final do encontro organizado pelo Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso e pela World Islamic Call Society de Trípoli

Quinta, 18 Dezembro 2008

Cidade do Vaticano (Agência Fides) - No final da Audiência Geral de quarta-feira, 17 de dezembro, Papa manteve um breve colóquio com os participantes do XI Encontro de Líderes Religiosos Católicos e Muçulmanos, que, de 15 a 17 do corrente, debateram, em Roma, o tema: "Responsabilidade dos líderes religiosos em tempo de crise".
O encontro foi promovido pelo Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso e pela World Islamic Call Society, com sede em Trípoli, Líbia. Os anfitriões do encontro são o presidente do Pontifício Conselho para o diálogo Inter-religioso, Cardeal Jean-Louis Tauran, e o secretário-geral da World Islamic Call Society, Dr. Mohamed Ahmed Sherif. Em sua saudação, segundo um comunicado do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, o pontífice expressou-lhes satisfação pelo encontro e os encorajou a prosseguirem em seus esforços no caminho do diálogo.
Durante o encontro, foram abordados temas relativos à responsabilidade religiosa, responsabilidade cultural e social, tempos de crise no caminho do diálogo inter-religioso e os líderes católicos e muçulmanos chegaram à seguinte conclusão:
1. A primeira e mais importante responsabilidade dos líderes religiosos é de natureza religiosa, segundo as respectivas tradições religiosas e consiste em observar fielmente estas últimas através do ensinamento, boas obras e o bom exemplo, servir aas próprias comunidades para a alegria de Deus.
2. Considerando a função que as religiões podem e devem ter na sociedade, os líderes religiosos devem desempenhar também uma função cultural e social, promovendo valores éticos fundamentais como a justiça, a solidariedade, a paz, harmonia social e o bem comum da sociedade, no seu conjunto, especialmente em prol dos mais necessitados, fracos, migrantes e oprimidos.
3. Os líderes religiosos têm responsabilidade especial para com a juventude, que exige particular atenção para não ser vítima de fanatismos religiosos e de radicalismos, mas receber uma educação que a ajude a construir pontes e a promover construtores de paz.
4. Em vista das diversas crises, nacional e internacional, os líderes religiosos devem aprender prevenir e buscar remédios para tais situações, a fim de evitar sua degeneração em violência confessional.
Isso requer um respeito e um conhecimento recíproco tanto no cultivar as relações pessoas quanto a confiança recíproca, a fim de que seja capaz de enfrentar juntos as crises quando elas se manifestarem.
As duas partes concordaram que o próximo encontro se realizará daqui a dois anos, em Trípoli. (S.L.) (Agência Fides 18/12/2008)


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