Órgão de Informação das Pontifícias Obras Missionárias desde 1927
Roma (Agência Fides) – Empenho social e interesse empresarial podem ser conciliados e quando isso acontece, brotam frutos abundantes. Esta é uma das descobertas testemunhada durante o encontro intitulado “Além da crise, a esperança: empresas para o Sahel com projetos de civilização do amor”, promovido pela Comissão da União de Católicos por uma Civilização do Amor afim de sensibilizar as empresas aos projetos de desenvolvimento e de cooperação em prol dos países subdesenvolvidos. Um percurso que começou em dezembro de 2007, quando a comissão iniciou uma colaboração com a Fundação João Paulo II para o Sahel, junto ao Pontifício Conselho Cor Unum e designou seu empenho às exigências da África.
Em particular o encontro deste ano foi útil para avaliar os primeiros resultados do trabalho ressaltando a importância de uma ação que seja adequada aos tempos modernos, tempos de crise econômica e financeira e de grandes fluxos de migrações, e que seja útil não somente a quem recebe, mas também para que realiza, como desejado na saudação inicial de Dom Giampietro Dal Toso, Sub-secretário do Pontifício Conselho Cor Unum. A nova relação entre as populações pobres e as empresas italianas confirmou que a colaboração é e pode continuar sendo um terreno de retomada para todos, baseada no respeito das próprias competências, conhecimentos e culturas. Os projetos oferecem esperança e dignidade ás populações que recebem e que readquirem um impulso para a econômica local e para o próprio mercado de trabalho; garantem, além disso, o desenvolvimento também das empresas italianas (algumas foram premiadas durante o encontro) e que foram diretamente protagonistas de projetos no território.
Tudo se baseia na tentativa de dar uma oportunidade de futuro às populações pobres, como sublinhou o engenheiro Giuseppe Rotunno, Secretário Nacional na Itália da Comissão da União de Católicos por uma Civilização do Amor e moderador do encontro. O objetivo principal dos projetos de desenvolvimento é de fato, criar novos mercados, baseados na cooperação econômica internacional, em que as múltiplas reservas africanas tenham uma função de primeira importância.
Em particular a área da Sahel, território extremamente pobre da África subsaariana, é uma área adequada para investimentos, porque os missionários e os voluntários da comissão naquela área são numerosos, e servem de mediadores entre as realidades locais e as empresas italianas. Nesta área, dos trinta projetos apresentados, que a comissão recebeu da fundação, seis deles foram definidos prioritários já foram financiados pelas empresas e institutos bancários italianos: trata-se de um projeto de banco de cereais, um de água no Senegal, um de criação e outro de microcrédito destinado às mulheres em Burkina Faso, um de energia solar e a construção de um moinho. Pequenos passos, mas como lembra a frase de Madre Teresa de Calcutá, que foi o fio condutor do encontro: “O que fazemos é somente uma gota no oceano, mas se não existisse, aquela gota faltaria ao oceano”. (P.C.) (Agência Fides 10/12/2008)
