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Manágua (Agência Fides) – Domingo, 9 de novembro, a Nicarágua escolherá suas autoridades locais em 146 dos 153 municípios. Nos outros sete municípios as eleições se realizarão em 18 de janeiro de 2009. As principais forças políticas em campo são: a Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN), atualmente no poder e a aliança do Partido Liberal Constitucionalista (PLC). A campanha eleitoral se realizou num clima de tensão e de desconfiança entre as diversas forças. Por causa do temos de novos confrontos e violências, domingo a Polícia Nacional colocará 13.800 homens e outros 8.000 do exército da Nicarágua, a fim de garantir a segurança das eleições, conforme comunicado da polícia e do exército.
A Igreja católica lançou vários apelos à sabedoria, a fim de que as eleições municipais transcorram na calma, não obstante e os focos de violência presentes, sobretudo no campo. Em agosto os bispos publicaram uma Carta Pastoral na qual encorajam todos à participar da vida pública e das eleições, lembrando que “fugir da responsabilidade do voto é renunciar à possibilidade de participar do desenvolvimento de nossos municípios” (ver Fides 8/9/2008).
O cardeal Miguel Obando y Bravo, arcebispo emérito de Manágua, fez um apelo aos nicaragüenses para que votem “com seriedade e maturidade, elegendo prefeitos que trabalhem para o bem do país e, sobretudo, tenham uma opção preferencial pelos pobres”.
O atual arcebispo de Manágua, Dom Leopoldo Brenes, pediu aos nicaragüenses “para irem às urnas em paz e tranqüilidade... perdoando quem nos ofende, rejeitando o ódio, a violência e a vingança”. Pediu aos partidos para que não declarem a vitória antes que o Tribunal Superior Eleitoral (CSE) anuncie oficialmente os resultados.
O bispo da diocese de Leon, Dom Bosco Vivas, afirmou que não obstante a situação na cidade de Leon seja tranqüila, vários setores da população têm medo de que nas eleições municipais de domingo, se realizem episódios de violências no departamento. Leon é um emblema para o FSLN, os dirigentes a chama de “a capital da revolução”, mas a votação de domingo ameaça a histórica hegemonia local do partido do governo. Por isso os bispos lançam um apelo à serenidade, “porque acreditamos que com a violência não se resolvem os problemas, mas se complicam”. Os prelados convidam o povo a ir votar em massa, lembrando os pontos importantes promovidos pela Igreja católica: não se abster do exercício do direito ao voto, votar depois de ter refletido bem e buscar o bem comum. (RG) (Agência Fides 7/11/2008)
