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Cidade Juárez (Agência Fides) – Acompanhados por paroquianos e sacerdotes, os bispos da fronteira entre México e Estados Unidos celebraram em Cidade Juarez, num lugar confinante entre Nuevo Casas Grandes, El Paso y Nuevo México, uma Santa Missa pelo sufrágio de 337 clandestinos que morreram na região, este ano, na tentativa de chegar aos Estados Unidos. A maioria desses imigrantes perdeu a vida no deserto por causa da sede, do frio ou de violências durante o caminho.
A missa é celebrada há 13 anos por ocasião do Dia de Finados. Ao rito, celebrado no dia 2 de novembro em duas línguas, participaram cinco bispos e mais de 40 sacerdotes, perto do confim que separa o México dos Estados Unidos, segundo informações de Dom Renato Ascencio Leon, bispo de Cidade Juarez. Entre os bispos estavam presentes: Dom Gerardo Rojas, bispo de Nuevas Casas Grandes, Chihuahua; Dom José Guadalupe Torres Campos, bispo auxiliar de Città Juárez, e, do outro lado do confim, Dom Armando Ochoa, bispo de El Paso, Texas, e Dom Ricardo Ramírez, bispo de Las Cruces, Nuevo México. Para criar um único altar, foram colocadas algumas mesas dos dois lados da fronteira. Do lado estadunidense participaram da Santa Missa centenas de católicos, que penduraram uma cruz na rede metálica do confim, o mesmo aconteceu do lado mexicano.
O bispo de Cidade Juarez afirmou: “os mortos aumentam por causa da vigilância sofisticada que aplicam as autoridades estadunidenses e por causa também dos obstáculos que obrigam os imigrantes a utilizar outras estradas mais longes e perigosas”. Ele anunciou ainda que os bispos do México e dos Estados Unidos elaboraram uma carta pastoral sobre o tema da imigração intitulada “Juntos durante o caminho da esperança, não somos mais estrangeiros”, na qual afirmam que “os imigrantes buscam uma melhor condição de vida para si mesmos e suas famílias, por isso arriscam a vida na tentativa de entrar em outros países, mesmo correndo o risco de morrer”. Durante a Santa Missa, os bispos e sacerdotes convidaram os católicos presentes a se empenharem em prol da justiça, da dignidade, dos valores e, sobretudo, pela vida dos homens e mulheres que deixam seus países na esperança de encontrar uma vida melhor. (RG) (Agência Fides 5/11/2008)
