VATICANO - O Santo Padre aos estudantes das Universidades Pontifícias: “Não é o conhecimento em si que pode fazer mal, mas a presunção, o ‘vangloriar -se’ daquilo que se chegou ou presume-se ter conhecido. Daí nascem as facções divisões e as discórdias na Igreja e, analogamente, na sociedade”

Segunda, 3 Novembro 2008

Cidade do Vaticano (Agência Fides) – “Não é o conhecimento em si que pode fazer mal, mas a presunção, o "vangloriar-se" do que se chegou, ou se presume ter chegado, a conhecer. Exatamente daí nascem as facções e as discórdias na Igreja e, analogamente, na sociedade”: são as palavras de Bento XVI, referindo-se à denúncia feita pelo apóstolo Paulo, do “veneno da falsa sabedoria, que é o orgulho humano”.
Essa reflexão do papa foi feita na tarde desta quinta-feira, no discurso que dirigiu aos estudantes e professores das universidades pontifícias de Roma, ao término da celebração eucarística na Basílica Vaticana, pela inauguração do ano acadêmico 2008-2009. A santa missa foi presidida pelo prefeito da Congregação para a Educação Católica, Cardeal Zenon Grocholewski, no dia 30 de outubro na Basílica Vaticana. “Segundo o Apóstolo, explicou ainda o Santo Padre, é sempre necessário purificar o próprio coração do veneno do orgulho, presente em cada um de nós. Portanto, também nós devemos elevar, com São Paulo, o grito: Quem nos libertará? E podemos receber, com ele, a resposta: a graça de Jesus Cristo, que o Pai nos deu através do Espírito Santo”.
“O pensamento de Cristo, afirmou ainda o Pontífice, que recebemos como graça, nos purifica da falsa sabedoria. Este pensamento de Cristo nós o recebemos através da Igreja e na Igreja, deixando-nos conduzir pela força da sua viva tradição”. Isso é muito bem representado, segundo o papa, pelas imagens que mostram “Jesus-Sabedoria no colo da Mãe Maria, símbolo da Igreja. In gremio Matris sedet Sapientia Patris, no colo da Mãe se senta a Sabedoria do Pai, isto é, Cristo. Permanecendo fiéis àquele Jesus que Maria nos oferece, ao Cristo que a Igreja nos apresenta, podemos empenhar-nos intensamente no trabalho intelectual, livres, interiormente, da tentação do orgulho e vangloriando-nos sempre e apenas no Senhor". A Basílica Vaticana estava repleta de estudantes e professores das universidades pontifícias romanas, provenientes dos mais diversos países do mundo, além de funcionários administrativos e numerosos religiosos e religiosas.
“Permanecendo fiéis a esse Jesus que Maria nos oferece, ao Cristo que a Igreja nos apresenta, podemos nos empenhar intensamente nos trabalhos intelectuais, interiormente livres das tentações do orgulho e vangloriando-nos sempre e somente em Deus”, finalizou o Santo Padre . (S.L.) (Agência Fides 3/11/2008)


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