VATICANO - “É muito importante que nós cristãos vivamos nossa relação com os defuntos na verdade da fé, e olhemos a morte e a outra vida na luz da Revelação”: a exortação de Bento XVI no Dia de Finados

Cidade do Vaticano (Agência Fides) – “É muito importante que nós cristãos vivamos nossa relação com os defuntos na verdade da fé, e olhemos a morte e a outra vida na luz da Revelação... É necessário também hoje evangelizar a realidade da morte e da vida eterna, realidade particularmente sujeita a crenças supersticiosas e a sincretismos, porque a verdade cristã não corra o risco de se misturar com mitologias de vários tipos”. Esta exortação que o Santo Padre Bento XVI dirigiu aos fiéis antes da oração mariana do Ângelus, domingo 2 de novembro, Dia de Finados.
O Papa lembrou quando o apóstolo Paulo recomendava, escrevendo às primeiras comunidades exortando os fiéis a “não ficarem tristes como os outros que não tinham esperança”, e também as perguntas colocadas sobre o mistério da vida eterna em sua última Encíclica “Spe salvi”. Então o Pontífice prosseguiu: “Na realidade, como ressaltava Santo Agostinho, todos queremos a vida eterna, a felicidade. Não sabemos bem o que seja e como seja, mas nos sentimos atraídos a ela. Esta é uma esperança universal, comum aos homens de todos os tempos e de todos os lugares. A expressão ‘vida eterna’ quer dar um nome a esta esperança: não uma sucessão sem fim, mas uma imersão no oceano do infinito amor, onde o tempo antes e depois não existem mais. Uma plenitude de vida e de alegria: é isto que esperamos de nosso estar com Cristo”.
Antes da oração Mariana do Ângelus, Bento XVI convidou a renovar “a esperança da vida eterna fundada realmente na morte e na ressurreição de Cristo”, não se esquecendo que “a esperança cristã não é somente individual, é sempre esperança para os outros. As nossas existências estão profundamente ligadas umas às outras e, o bem e o mal que cada um faz diz respeito também aos outros. Assim a oração de uma alma peregrina no mundo pode ajudar outra alma que esta se purificando depois da morte ... Maria, estrela da esperança, torna mais forte e autêntica a nossa fé na vida eterna e escute a nossa oração de sufrágio pelos defuntos”. (S.L.) (Agência Fides 3/11/2008)