Órgão de Informação das Pontifícias Obras Missionárias desde 1927
Nairóbi (Agência Fides) – “Convido-lhes a defender com veemência a vida dos nascituros. Gritar em voz alta que o aborto é uma deliberada interrupção da gravidez com o assassinato de uma criança indefesa. Tal ação é gravemente contrária à lei moral e à doutrina cristã”. É o apelo lançado pelo cardeal-arcebispo de Nairóbi, John Njue, a fim de mobilizar a comunidade católica no momento em que o Parlamento local está discutindo uma lei para legalizar o aborto. O purpurado Njue escreveu uma carta pastoral que foi enviada também à Agência Fides, na qual reafirma que o “aborto significa matar uma pessoa inocente e que o mandamento de Deus diz: ‘Não matarás’ (Êxodo 20, 13). O seio materno é o lugar melhor onde a criança deve sentir-se mais segura e amada. De nenhuma forma podemos apoiar uma sociedade que destrói os nascituros, que foram criados como dons gratuitos de Deus pela comunidade”.
Dirigindo-se aos católicos empenhados na política, o purpurado os convidou a agir no respeito pelo ensinamento da Igreja: “Vocês católicos que assumiram cargos de responsabilidade pública devem se distinguir no sentido de integridade moral. As ações de vocês devem estar em sintonia com a fé que vocês professam e com os princípios morais ensinados pela Igreja que vocês afirmam fazer parte. Para realizar as responsabilidades públicas assumidas é necessário que vocês defendam a moralidade pública, promovam a ordem pública e a paz. É preciso ainda trabalhar em prol de leis e políticas públicas que apóiam a vida humana e promovam o bem comum. É necessário trabalhar com veemência a fim de assegurar o cuidado pré-natal para todas as mulheres. É necessário trabalhar para abater as injustiças e todas as situações maléficas que ameaçam a dignidade e os direitos humanos. É necessário dar uma especial atenção às pessoas menos favorecidas e sem direitos”.
Para impedir a legislação do aborto, o Cardeal de Nairóbi convida os fiéis e os homens de boa vontade a arrecadar “um milhão de assinaturas em prol da criança”.
“Este é o momento que devemos nos unir nesta fase preliminar de resistência contra uma legislação ilegal. Legalizar o aborto não tem lugar na cultura e nas tradições africanas. Peço a todas as paróquias, as comunidades religiosas, aos cristãos e às pessoas de boa vontade para que se mobilizem em recolher um milhão de assinaturas a fim de que possamos apresentar o requerimento às autoridades competentes e colocar fim a esta campanha contra os nascituros”.
“Esta é a nossa batalha incessante em defesa da vida para os próximos dois meses. A Rádio Waumini, os anúncios nas paróquias, as manifestações e o National Mirror, lhes darão informações sobre a nossa maneira de proceder”, concluiu o Cardeal Njue. . (L.M.) (Agência Fides 8/10/2008)
