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San Salvador (Agência Fides) – “A missão que se realiza como fruto do Encontro de Aparecida deve, acima de tudo, encorajar a vocação missionária dos cristãos, fortalecendo as raízes da sua fé e despertando a sua responsabilidade, para que todas as comunidades cristãs se ponham em estado de missão permanente”. É o que afirmam os Bispos de El Salvador na Exortação Pastoral com o título “Uma Igreja em Missão permanente”, escrita por causa do lançamento da Grande Missão no País, que aconteceu no mês de agosto.
"A Igreja em El Salvador, ao lado das Igrejas irmãs em todo o Continente, se declara em estado permanente de missão”, continua o texto. Para os Bispos este tempo de missão será “um tempo de graça, um caminho de renovação, de conversão pessoal, social e pastoral” de modo a poder responder adequadamente aos grandes desafios da nossa época.
A missão se realizará em cada uma das Dioceses de acordo com os respectivos planos pastorais, em sintonia com as Igrejas particulares do Continente e por meio de celebrações vividas ao mesmo tempo em toda a América Latina. O objetivo é sempre “chegar a ser uma Igreja que vive em missão permanente”.
Por isso, os Bispos oferecem algumas orientações pastorais na sua Exortação. Em primeiro lugar, recordam a necessidade absoluta de pedir ao padroeiro das missas, não somente que envie mais operadores, mas também fazer com que aqueles que já estão trabalhando em seu nome e com a força do seu Espírito. Lançamos também um apelo especial aos sacerdotes, para que “a partir de seu entusiasmo, do seu testemunho, da sua doação generosa depende em grande parte o bom êxito da missão”. Eles devem também responder ao apelo de Aparecida de pôr em prática a renovação paroquial, que “não pode se contentar com uma pastoral de conservação, mas sim deve delinear uma autêntica paróquia missionária”.
Uma Igreja missionária, continua a Exortação, “não pode ser indiferente aos desafios que a realidade de El Salvador nos apresenta. Por isso, devemos olhar de frente os problemas como o secularismo crescente, a migração dos católicos para outros grupos religiosos, a pobreza desumana que impede que tantas famílias tenham uma vida digna, o fenômeno de muitos compatriotas abandonarem a sua casa e o seu país em busca de melhores condições econômicas, com todas as conseqüências dolorosas que isso implica”. Todas estas realidades dolorosas requerem uma resposta de esperança.
Os elementos centrais da missão, segundo os Bispos, devem ser quatro. Em primeiro lugar, beber na fonte a Palavra, local de encontro com Jesus Cristo, portanto, é preciso dar um impulso especial na pastoral bíblica. O segundo ponto importante requer que se alimente de Eucaristia, dando especial destaque à liturgia, principalmente aos Sacramentos da iniciação cristã, e tendo plena consciência de que “a Eucaristia é o lugar privilegiado do encontro do discípulo com Jesus Cristo e, ao mesmo tempo, fonte inesgotável da vocação cristã e do impulso missionário”. O terceiro elemento central diz respeito à construção da Igreja como casa e escola de comunhão. Finalmente, há o serviço para a sociedade, especialmente para os mais pobres.
Os Bispos concluem a sua exortação recordando o veemente apelo realizado na V Conferência Geral de Aparecida: “Que ninguém fique com os braços cruzados! Ser missionário significa ser anunciador de Jesus Cristo com criatividade e audácia em todos os lugares em que o Evangelho não foi suficientemente anunciado ou acolhido e, especialmente, nos ambientes difíceis e esquecidos e além de nossas fronteiras”. Recordam, neste Ano Paulino, as palavras do Apóstolo dos Gentios: “Ai de mim se não anuncio o Evangelho!” (RG) (Agência Fides 10/9/2008)
