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Cidade do México (Agência Fides) – Enquanto a Suprema Corte de Justiça da nação estuda nesses dias os elementos de inconstitucionalidade da lei que descriminaliza o aborto no Distrito Federal até a 12ª semana de gestação, milhares de leigos, convictos de que a vida humana começa no momento da concepção, participarão no próximo domingo de uma grande peregrinação até a Basílica de Nossa Senhora de Guadalupe, para agradecer a Deus Pai pelo “maravilhoso dom da vida”. A peregrinação foi organizada pela Arquidiocese Primaz do México, guiada pelo Cardeal Norberto Rivera Carrera, e terá a participação de várias organizações católicas e associações cidadãs. No momento, são 63 as organizações católicas que confirmaram a sua presença.
A marcha-peregrinação começará às 9 horas na Exglorieta de Peralvillo e irá até a Basilica, onde o Card. Rivera Carrera presidirá a celebração da Santa Missa às 12 horas. Segundo os organizadores, a manifestação acontecerá em clima de paz, de oração e num ambiente de respeito, alegria e gratidão pelo maravilhoso dom da vida. As imagens de Nossa Senhora de Guadalupe e de San Juan Diego acompanharão o percurso. Durante a peregrinação está prevista a recitação do Santo Rosário com intenções especificas pelos nascituros, pelas mulheres que receberam o dom de dar a vida, por todo o País mexicano, pelos legisladores, os ministros da Suprema Corte de Justiça e todos os que estão defendendo a vida na mais alta sede de administração da justiça do México.
“Nós católicos tornaremos pública a nossa opinião, como fiéis fervorosos e em apoio à doutrina da Igreja Católica, que ensina claramente que a vida aparece para o ser humano como dom de Deus no próprio momento da concepção” afirma Guillermo Bustamante Manila, Coordenador geral da “União de Vontade”.
Com esta marcha, pretende-se incentivar a reflexão dos ministros da Suprema Corte de Justiça da Nação (SCJN) que nesses meses vêm realizando audiências públicas com o propósito de conhecer as opiniões favoráveis à decisão e contra os elementos de inconstitucionalidade da lei que descriminaliza o aborto no Distrito Federal. Durante essas audiências já se manifestaram leigos empenhados a favor da vida, apresentando argumentos jurídicos, políticos, sociológicos, médicos, bioéticos, biológicos e relativos aos direitos humanos contra a descriminalização do aborto no Distrito Federal. Em abril de 2007 as autoridades legislativas do Distrito Federal concederam a possibilidade de realizar “abortos legais” até as doze semanas de gestação. A partir desse momento, foram realizados cerca de 9 mil “abortos legais” nos hospitais públicos da Cidade do México. Está previsto que a SCJN emita uma sentença – que será inapelável - no próximo mês de agosto.
“Fazemos nossas as palavras que o Santo Padre João Paulo II pronunciou nessa nossa Pátria: que nenhum mexicano prejudique o valioso e sagrado dom da vida que surge do seio materno” conclui Guillermo Bustamante.
(RG) (Agência Fides 19/6/08)
