EUROPA/SUÍÇA - Apelo de várias comunidades religiosas para o Dia do refugiado: “Nós, cristãos e judeus, somos chamados a nos empenhar para que aqueles que precisam de nossa proteção sejam acolhidos e possam construir sua própria existência”

Quinta, 19 Junho 2008

Berna (Agência Fides) – “O Dia Mundial do refugiado de 20 de junho de 2008 é uma oportunidade para chamar a atenção para o destino de todas as pessoas que foram obrigadas a deixar o próprio país” –lê-se no apelo lançado por diversas comunidades religiosas por ocasião do anual Dia do refugiado. O texto é assinado pela Federação das Igrejas evangélicas na Suíça, pela Conferência dos Bispos suíços, pela Igreja católica cristã suíça e pela federação suíça das comunidades judias.
“33 milhões de pessoas no mundo estão em fuga – recorda o texto. Grande parte deles busca proteção no próprio país ou nos países confinantes, por causa de violências e perseguições”. A Suíça também acolheu grande parte destas pessoas que precisam de proteção e que constituem, ao mesmo tempo, “uma chance e um desafio, seja para a sociedade inteira seja para os que chegam”.
Segundo afirmam os líderes religiosos, o destino das pessoas que procuram refugio não atrai a atenção da mídia. Recordam, por exemplo, as dezenas de milhares de sudaneses que vivem em acampamentos em áreas desérticas, e as refugiadas iraquianas que procuram asilo de modo especial no vizinho Oriente, ou os refugiados da Birmânia que vivem em campos próximos à Tailândia e “deixaram seu país muitos anos atrás, e estão à espera que sua situação, dificilmente tolerável, encontre uma solução”.
No ano passado, 10 mil pessoas pediram asilo em território suíço, e “em 75% dos casos, a Suíça reconheceu a efetiva necessidade de proteção, tendo concedido asilo ou o ingresso provisório”. Com efeito, “a Suíça se comprometeu em promover a integração em nossa sociedade das pessoas carentes de proteção”, mas este empenho, recordam os lideres, não pode ser realizado exclusivamente pelas autoridades, pois “a integração supõe a disponibilidade das pessoas estrangeiras e a abertura por parte de nós, suíços”. “Nós, cristãos e judeus, somos chamados a nos comprometer para que aqueles que precisam de nossa proteção sejam acolhidos e possam construir sua existência” – conclui o texto.
(RG) (Agência Fides 19/6/2008)


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