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Portoviejo (Agência Fides) - O povo do Equador está se mobilizando para acompanhar o debate em andamento na Assembléia Constituinte sobre temas cruciais como a legalização do aborto, o reconhecimento jurídico dos casais homossexuais e a eliminação do nome de Deus da nova Constituição. “Diante dessa situação, a Igreja não podderia se calar” afirma irmã Imaculada Doncel, Superiora das Servas das Focolares da Mãe presente em Chone (Diocese de Portoviejo), que agiram imediatamente ao apelo dos Bispos do País para impedir a tomada dessas decisões.
Segundo explica à Agência Fides a religiosa, a Conferência Episcopal Equatoriana, junto a outras instituições como a CORPEDUCAR (Corporação Equatoriana para a Qualidade da Educação), a CONFÉPAL (Confederação Equatoriana das Escolas Particulares Leigas), a CONFÉC (Confederação Equatoriana dos Institutos de Educação Católica), a CEPAFEC, o CONESA, (Conselho Nacional para a Educação Salesiana) e o movimento “Fé e alegria” (Movimento de Educação Popular Integral e Promoção Social), organizou uma coleta de assinaturas em todo o território nacional.
Por meio dessas assinaturas, o povo do Equador dirige à Assembléia Nacional Constituinte 2008 diversas petições: invocar a proteção de Deus no preâmbulo da Constituição; garantir a inviolabilidade da vida desde a concepção até a morte natural sem exceções; garantir a proteção da família, reconhecendo a união entre o homem e a mulher como único núcleo familiar; garantir a liberdade de educação e o direito dos pais para escolher a educação para os próprios filhos.
Na paróquia de San Cayetano, onde estão presentes as religiosas, logo foi feita a coleta de assinaturas. Os jovens foram em grupos de dois às universidades, aos hospitais, centros de saúde, às escolas, lojas, para informar as pessoas sobre o tema do debate e recolher as assinaturas. Na Universidade foi organizado um fórum com seis palestrantes para falar e informar os universitários sobre o aborto do ponto de vista médico, psicológico, legal, sociológico, econômico e moral. A partir desse fórum se deu início a um intenso “Dia pela Vida”, marcado por diversos momentos, entre os quais a Santa Missa no pátio da Paróquia, no centro da cidade, seguida de uma marcha a favor da vida tendo como tema “Obrigada mamãe, por ter dito sim à vida”, que culminou com uma “Serenata às mães”.
Todas as assinaturas recolhidas foram apresentadas na Cidade Eloy Alfaro em Montecristi, sede da Assembléia Constituinte, pelo Presidente da Conferência Episcopal, Dom Antonio Agguerri, diretamente ao Presidente da Assembléia, Alberto Acosta. Assistiram à entrega uma multidão de jovens e professores de diversos centros educativos que estavam reunidos. Foram entregues um total de 61.700 assinaturas. A Paróquia de San Cayetano recolheu 9.537.
Além do Dia pela Vida, começou a formação de grupos pela vida nas universidades e nas escolas secundárias. Por isso, no último mês os membros de alguns grupos juvenis estão aproveitando a sua formação semanal para se preparar sobre esses temas, porque eles próprios a deverão falar aos seus companheiros. Outra idéia que está sendo elaborada é a “Fraternidade branca”, uma iniciativa para promover também entre as crianças o espírito da defesa da vida; as próprias crianças se empenham nas outras iniciativas em rezar por essa intenção.
Como afirma irmã Imaculada Doncel “é importante que os católicos não fiquem com os braços cruzados. Estamos contentes pela resposta de muitos jovens que foram capazes de enfrentar este desafio com responsabilidade e generosidade e poderem contribuir para a defesa da vida e da verdade”. Além disso, conclui a religiosa, graças a essa mobilização, “muitas pessoas foram interpeladas em suas consciências sobre o valor da pessoa humana, a grandeza da sua dignidade desde o momento da concepção. Foi também um motivo de especial união com todos os irmãos cristãos católicos”. (RG) (Agência Fides 27/5/2008)
