VATICANO - Papa Bento XVI a Savona e Genova - “O exemplo de serena firmeza dado por Papa Pio VII nos convida a manter inalteradas, nas provações, a confiança em Deus, conscientes que Ele, embora permita momentos difíceis para sua Igreja, não a abandona jamais”

Segunda, 19 Maio 2008

Savona (Agência Fides) - Na tarde de sábado, 17 de maio, o Santo Padre Bento XVI iniciou sua visita pastoral a Savona e Genova com uma homenagem a Virgem Santíssima, no santuário de Nossa Senhora da Misericórdia, em Savona. Após deter-se em oração ao Santíssimo Sacramento, o Papa desceu na cripta do Santuário para o ato de veneração e oração a Maruá, depondo, enfim, uma rosa de ouro no altar de Nossa Senhora, como recordação de sua visita. Em seguida, na Praça do Povo, no centro da cidade, foi saudado pelo Prefeito e presidiu a Santa Missa da solenidade da Santíssima Trindade.
“Nesta solenidade - disse Bento XVI em sua homilia - a liturgia nos convida a louvar a Deus não apenas pelas maravilhas que Ele realiza; mas pelo que Ele é; pela beleza e a bondade de seu ser, que origina o seu agir. Somos convidados a contemplar, por assim dizer, o Coração de Deus, com a sua realidade mais profunda, que é ser Unidade na Trindade, suma e profunda Comunhão de amor e de vida”.
Bento XVI renovou assim o reconhecimento da Santa Sé e de toda a Igreja “pela fé, o amor e a coragem” com os quais os Savonenses defenderam o Papa em sua residência imposta por Napoleão Bonaparte, nesta Cidade... aquela página obscura da história da Europa se tornou, graças à força do Espírito Santo, rica de graças e ensinamentos, até para os nossos dias. Ela nos ensina a coragem ao enfrentar os desafios do mundo: materialismo, relativismo, laicismo, sem jamais ceder a compromissos, dispostos a pagar na pele, para permanecer fiéis ao Senhor e à sua Igreja. O exemplo de serena firmeza dado por Papa Pio VII nos convida a manter inalterada, nas provações, a confiança em Deus, conscientes que Ele, embora permita momentos difíceis para a Igreja, nunca a abandona”.
O pontífice expressou seu apreço aos sacerdotes pelo “trabalho silencioso e a fidelidade” com a qual o desempenham, e os exortou a “sair em busca das pessoas, como o Senhor Jesus fazia: na visita às famílias, no contato com os doentes, no diálogo com os jovens, sendo presentes em todos os ambientes de trabalho e de vida”. Aos religiosos e religiosas, reiterou que “o mundo precisa de seu testemunho e de sua oração”. O Papa reservou aos jovens uma saudação “especial e calorosa”; e concluiu a sua homilia com os votos de que “a fé no deus Uno e Trino infunda em toda pessoa e toda comunidade o fervor do amor e da esperança, a alegria de amar-nos como irmãos e de colocar-nos humildemente a serviço do próximo”.
Na conclusão da Celebração Eucarística, o Santo Padre, na sede Episcopal de Savona, visitou, em caráter pessoal, as salas em que viveu Papa Pio VII, prisioneiro de Napoleão, nos anos 1809-1812. Em seguida, despediu-se das Autoridades partiu em helicóptero para Genova.
(S.L.) (Agência Fides 19/5/2008)


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