ÁSIA/CORÉIA DO SUL - A mulher protagonista na pastoral da Igreja

Seul (Agência Fides) - As mulheres devem se tornar sempre mais protagonistas na pastoral da Igreja, que tem o dever de valorizar o carisma feminino e os recursos humanos existentes da comunidade. É o que afirma a Comissão para o Laicato da Conferência Episcopal da Coréia, que realizou recentemente um seminário dedicado ao tema “Como utilizar as capacidades das mulheres na comunidade eclesial?” A Comissão, que possui um grupo específico de trabalho dedicado à presença da mulher no serviço pastoral, observou que o argumento, embora já discutido no passado, não pode ser esquecido, visto que muitas vezes, se nota a marginalização das mulheres nos processos decisivos de diversas comunidades eclesiais.
O seminário notou também que muitas mulheres altamente qualificadas desejam ter a oportunidade de servir a Mãe Igreja, mas muitas vezes, têm poucas chances de fazê-lo. Numerosas mulheres são reunidas na Coréia em uma associação chamada “Catholic Women’s Organization of Korea” que promove a presença e a formação de mulheres para os diversos setores da pastoral: catequético, litúrgico, e caritativo. Recentemente, o movimento elevou a voz para reafirmar seu compromisso em tutela da vida e assegurar o empenho de todas as mulheres por escolhas respeitosas do valor da vida e da dignidade humana.
Através de uma rede de difusão nas dioceses coreanas, o movimento coloca em rede as mulheres católicas, apostando em sua atenção e na necessidade e difundir e promover uma “cultura da vida” na sociedade coreana, sobretudo em contraste com as novas medidas no campo da bioética.
O movimento atua para valorizar o “gênio feminino”, o carisma específico da mulher na Igreja coreana. Fonte de inspiração e ponto de referência é o documento “Mulieris dignitatem”, Carta apostólica publicada em 1988 pelo Papa João Paulo II, que ressalta o papel da mulher na Igreja. A finalidade não é apenas aceitar e apreciar as mulheres, mas deixar que seu carisma e sua contribuição específica se expressem ainda mais na vida e em toda a sociedade. É preciso aumentar as possibilidades - afirma-se - para uma maior participação da mulher na vida e na missão da Igreja na Coréia.
(PA) (Agência Fides 30/4/2008)