ÁSIA/CINA - O influente semanário chinês “Nan Fang Weekly” publica o artigo de um estudiosos chinês que recorda João Paulo II no terceiro aniversário de sua morte

Sexta, 11 Abril 2008

Roma (Agência Fides) - No dia 4 de abril, dia de sua publicação semanal, o “Nan Fang Weekly” (“Weekly of sud”), periódico oficial chinês muito influente, publicou o artigo assinado por “um estudioso chinês que reside nos Estados Unidos”, que recordou João Paulo II, no terceiro aniversário de sua morte, “como um Papa tão amado que mudou a imagem do mundo e da religião católica”.
A seguir alguns trechos do artigo: “Muitos de nossos companheiros ainda hoje afirmam que o cristianismo é uma religião ocidental. Mas, ma realidade, o cristianismo do Vaticano mudou a sua imagem (com a internacionalização da Cúria Romana, ndt), graças ao empenho do grande Pontífice, falecido três anos atrás, João Paulo II”. Hoje, é difícil definir o catolicismo como uma religião ocidental, assim como é difícil definir o budismo uma religião indiana.
“Segundo as estatísticas não completas, em mais de 1 bilhão de católicos no mundo, 490 milhões encontram-se na América do Sul, 120 milhões na África, 110 milhões na Ásia. Assim, 70% dos católicos vivem no terceiro mundo”. “Em 1998 mais de três quartos dos batizados em um ano encontravam-se em países em desenvolvimento. Depois de tantos anos, podemos finalmente dizer que o cristianismo é a nossa religião”.
“Em vários países ocidentais, muitos católicos são imigrantes da Ásia, América e África”.
“João Paulo II, com o grane fascínio de sua alma, aliás, graças ao grande fascínio de sua alma, manteve a união da Igreja católica, assim como melhorou as relações com os protestantes, com os judeus e o islã”. A religião é global, o cristianismo é já global. E esta é a nova “cor” que Papa Wojtyla deixou ao mundo. Assim sendo, quando falamos de religião, devemos ter uma visão totalmente renovada. Segundo principio de separar política e religião, porque não podemos dizer a nossos cristãos chineses, com generosidade, que esta é a nossa religião, que faz parte de nossa cultura chinesa moderna? Diante de seus contatos com as pessoas estrangeiras da mesma fé, por que não podemos dizer abertamente ‘que é a nossa religião, que faz parte da cultura moderna de intercâmbio?”.
(NZ) (Agência Fides 11/04/2008)


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