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Cidade do México (Agência Fides) - Os Bispos do México, enquanto continuam com os trabalhos da Assembléia Plenária, divulgaram um comunicado sobre a atenção pastoral aos irmãos que vivem o drama do HIV e da AIDS. Este fenômeno é “uma das maiores crises na saúde, segurança e desenvolvimento humano que o planeta já enfrentou”, porque mata milhões de pessoas, desestabiliza as famílias, deixa milhões de crianças órfãs e ameaça a estrutura social e econômica das comunidades.
“O HIV não é simplesmente um vírus que afeta o sistema imunológico das pessoas - continua o comunicado - é também um problema social complexo, com implicações não somente para quem vive com HIV ou AIDS, mas também para as suas famílias e as suas comunidades”. Por isso, o desafio é encontrar respostas eficazes. Nesse sentido, segundo os Bispos, “a promoção da justiça social é um fator decisivo para combater este problema”, apesar de muito ainda precisar ser feito , como “a proteção, a promoção e a defesa dos direitos daqueles que convivem com o HIV ou sofrem de AIDS, além da criação de políticas públicas que garantam o chamado ‘Acesso Universal’, que vai além do acesso a medicamentos antivirais”.
Os Bispos do México assumiram o ensinamento da V Conferência de Aparecida, segundo o qual é necessário criar uma pastoral para as pessoas que convivem com o HIV “que promova o acompanhamento abrangente, misericordioso e a defesa dos direitos das pessoas infectadas; que amplie a informação, promova a educação e a prevenção com critérios éticos, principalmente entre as novas gerações, para despertar a consciência de todos e conter esta pandemia”.
Desde o ano de 2005, a Conferência Episcopal do México, através da Comissão Episcopal para a Pastoral Social, já havia favorecido a criação da campanha “Esperança de Vida”, “com a qual a Igreja católica pretende contribuir na luta contra o vírus e a discriminação”, dando impulso ao nascimento da REDFE, rede formada por organizações unidas pela fé cristã, que trabalha na área do HIV e da AIDS no México. A campanha “Esperança de Vida”, é dirigida em primeiro lugar aos fiéis da própria Igreja Católica, para gerar na mente e no coração dos católicos sentimentos e ações de solidariedade, respeito e aceitação em relação a todas as pessoas que vivem e convivem com HIV e AIDS.
Além disso, a ação dos Bispos diante da AIDS pretende ser também ecumênica, “coordenada com outros cristãos que trabalhem ou queiram trabalhar em prol das pessoas contaminadas”. “A nossa ação - explica o comunicado - é aberta e busca a contribuição de outros organismos da sociedade civil que trabalhem para o mesmo fim, e também com as instâncias do Governo”, porque “uma tarefa assim tão séria como a luta contra o HIV-AIDS requer a união de todas as forças possíveis”.
O comunicado é concluído com uma súplica ao Senhor e a Nossa Senhora de Guadalupe, para que “inspirem as nossas ações e as ações de todos a fim de enfrentar de modo criativo, humano e cristão, este problema social, e para que acolhamos com respeito e amor os irmãos e as irmãs que convivem com o HIV e a AIDS”. (RG) (Agência Fides 4/4/2008)
