VATICANO - “Tudo o que a Igreja diz e faz, manifesta a misericórdia que Deus nutre pelo homem. Da misericórdia divina, que pacifica os corações, brota da autêntica paz no mundo, a paz entre os povos, culturas e religiões diversas” - recorda o Santo Padre no Regina Cæli

Cidade do Vaticano (Agência Fides) - “A misericórdia é, na realidade, o núcleo central da mensagem evangélica, e o próprio nome de Deus, a imagem com a qual ele se revelou na antiga Aliança e plenamente em Jesus Cristo, encarnação do Amor criador e redentor”. É o que evidenciou o Santo Padre Bento XVI no II domingo de Páscoa, 30 de março, antes de rezar a oração mariana do Regina Cæli no Palácio Apostólico de Castel Gandolfo, onde passou alguns dias de descanso.
Bento XVI recordou que em 2000, Papa João Paulo II estabeleceu que em toda a Igreja, o Domingo sucessivo à Páscoa se denominasse também Domingo da Divina Misericórdia, em concomitância com a canonização de Faustina Kowalska, a humilde irmã polonesa que foi zelosa mensageira de Jesus Misericordioso. “Tudo o que a Igreja diz e faz - destacou o Papa - manifesta a misericórdia que Deus nutre pelo homem... Da misericórdia divina, que pacifica os corações, brota a autêntica paz no mundo, a paz entre os povos, culturas e religiões diversas”.
Também João Paulo II se fez “apóstolo da divina Misericórdia” - recordou ainda o Papa, em seu “longo e multiforme pontificado”. “Toda a sua missão a serviço da verdade sobre Deus e sobre o homem e da paz no mundo se resume neste anúncio, como ele mesmo o disse, em Cracóvia-Łagiewniki, em 2002, inaugurando o grande Santuário da Divina Misericórdia: “Não existe nenhuma outra fonte de esperança para os seres humanos além da misericórdia de Deus”. A sua mensagem, como a de Santa Faustina, reconduz à imagem de Cristo, suprema revelação da misericórdia de Deus. Contemplar constantemente aquela Imagem: esta é a herança que ele nos deixou, e que, com alegria, acolhemos e assumimos”.
Enfim, o Santo Padre recordou o primeiro Congresso Apostólico Mundial da Divina Misericórdia, que terá lugar em Roma nesta semana, e se abrirá com a Santa Missa presidida pelo Papa na manhã de quarta-feira, 2 de abril, no terceiro aniversário da morte do servo de Deus, João Paulo II. “Confiamos o Congresso à celeste proteção de Maria santíssima Mater Misericordiae - concluiu Bento XVI -. A Ela, confiamos a grande causa da paz no mundo, para que a Misericórdia de Deus realize o que é impossível às forças humanas, e infunda nos corações a coragem do diálogo e da reconciliação”.
(S.L.) (Agência Fides 31/3/2008)