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Caracas (Agência Fides) -Dom Roberto Luckert, Arcebispo de Coro e primeiro Vice-presidente da Conferência Episcopal Venezuelana, numa declaração dada à União Radio, afirmou que a Igreja, logo após a crise ocorrida nas relações entre Colômbia, Equador e Venezuela, dirigiu um apelo para a reconciliação e a paz, evitando qualquer conflito com os Países vizinhos. O Arcebispo considera um erro procurar exacerbar o nacionalismo dos venezuelanos e ao mesmo tempo recorda que na Venezuela vivem mais de cinco milhões de colombianos, os quais, se decidissem retornar aos locais de origem, “paralisariam a indústria agrícola em Zulia, uma vez que a mão-de-obra nos campos é toda colombiana”.
Sábado, 1º de março, foi assassinado o número dois das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) após uma ação militar efetuada pela Colômbia em território equatoriano, episódio que provocou um agravamento nas relações entre Colômbia, Equador e Venezuela. Ambos os Países, Equador e Venezuela, mobilizaram imediatamente as suas tropas na fronteira com a Colômbia e pediram ao Presidente colombiano, Álvaro Uribe, não só as suas desculpas como também compromissos assinados para que se respeite o Equador. Ao mesmo tempo, fecharam as embaixadas de seus respectivos Países na Colômbia e retiraram todo o pessoal diplomático. De sua parte, o governo equatoriano de Rafael Correa decretou o rompimento definitivo das relações com a Colômbia, ordenando a expulsão imediata do embaixador daquele País em Quito.
O Secretário Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, também manifestou a sua preocupação pelo “aumento da tensão e o recrudescimento dos acontecimentos no último final de semana que envolveram a Colômbia e os seus vizinhos, Equador e Venezuela. Urge moderação”. Finalmente dirigiu um apelo aos três Países para que “compartilhem as suas preocupações com espírito de diálogo e cooperação que tradicionalmente caracterizou as suas relações”.
(RG) (Agência Fides 4/3/2008)
