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Nova Déli (Agência Fides) - Maior coordenação nas atividades da Igreja nos âmbitos social e civil; oração incessante e não-violência; união ecumênica entre os cristãos de diferentes confissões; diálogo e apoio das outras comunidades religiosas: são estes os pontos com que a Igreja católica indiana pensa responder à crescente violência que nos últimos meses atingiu lugares, pessoas e instituições cristãs em todo o país.
Recordando os recentes ataques que as comunidades católicas sofreram no estado de Orissa, os Bispos indianos, durante a sua última Assembléia plenária, discutiram as estratégias que os fiéis são chamados a adotar em resposta à propaganda de ódio de algumas minorias extremistas que muitas vezes acaba em abusos e violência em prejuízo dos cristãos.
Todos os Bispos manifestaram a sua solidariedade às vítimas da violência e prometeram um apoio para a assistência jurídica e para a reconstrução das igrejas e das casas destruídas em Orissa. O Cardeal Telesphore Toppo, que depois de mais de um mês de violências pôde visitar as áreas atingidas (nas semanas anteriores havia a proibição das autoridades), descreveu a situação como “diabólica”, enquanto testemunhas oculares falaram de três dias de destruições efetuadas pelos extremistas com a mais total liberdade e impunidade, sem que ninguém pudesse fazer nada para impedi-los.
Os Bispos fizeram um alerta porque a violência ocorrida em Orissa poderia acontecer da mesma forma em outros estados da Federação. Os extremistas, de fato, procuram legitimar a sua violência invocando uma suposta ameaça ao hinduísmo por parte dos muçulmanos e cristãos, sublevando as massas.
Dom Raphael Cheenath, Bispo de Cuttack-Bhubaneswar (a diocese atingida em Orissa), invocou a união de toda a Igreja para responder de modo unívoco e concreto, protestando com as autoridades civis, em todos os níveis, pelos abusos sofridos e os direitos negados aos cidadãos cristãos.
A Conferência Episcopal programa divulgar um plano de ação que prevê uma sensibilização dos fiéis e da população indiana não-cristã, maior presença nos meios de comunicação, a redação de documentos oficiais a serem apresentados às autoridades, a coordenação com outras Igrejas cristãs e com organizações não-governamentais, locais e internacionais.
(PA) (Agência Fides 25/2/2008)
