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Vientiane (Agência Fides) - Registram-se novos encorajantes passos no processo de gradual abertura do Laos ao mundo exterior. Ganha espaço no país a experiência do “turismo sustentável”, ou seja, que não compromete o patrimônio ambiental, cultural e social do território, a participação à Asean (Associação das Nações do Sudeste Asiático), a discussão e a retificação de novos acordos nos campos da cooperação, defesa e comércio está ajudando o pequeno país da Indochina a estabelecer sempre novas relações com o exterior, sobretudo com os países asiáticos, além de outros.
Neste processo, incluem-se também matérias como a cultura, os direitos humanos, e a religião, que, segundo observadores, terão sempre mais espaço no país. Um dos sinais recentes é a assinatura de um acordo de cooperação no campo da instrução, assinado com o Vietnã. Segundo o acordo, os dois países atuarão em estreito contato e comunicação na formação profissional e a gestão de recursos humanos, através de um intercâmbio de professores, delegados, estudantes e textos.
Nos anos passados, o Laos iniciou um processo de reaproximação também com a Tailândia, depois da inauguração da segunda “Ponte da amizade” entre Tailândia e Laos, no rio Mekong, que por muitos quilômetros marca o confim entre as duas nações. A estrutura gerou um aumento dos serviços de transporte e a expansão do comércio e do turismo, aumentando a possibilidade da população do país - por muitos anos fechada em economia de subsistência - de confrontar-se, conhecer, encontrar bem-estar e lucro do fluxo turístico exterior. No ramo do interesse turístico, um setor privilegiado é o religioso: as artes tradicionais laotianas são finalizadas, sobretudo, à realização de obras de caráter religioso, como templos e representações de Buda (a religião majoritária).
Em 1995, a cidade de Luang Prabang foi declarada pela UNESCO Patrimônio da humanidade, e é entre os locais que atraem turistas de todo o mundo, como a misteriosa “Planície das Jarras”, área natural próxima de Phonsavan, na província de Xieng Khuang.
Segundo os observadores, aumenta no Laos o “turismo sustentável”. Trata-se de um turismo programado em consulta com as comunidades locais e investidores, justo e équo para as comunidades hóspedes, economicamente sustentável em longo prazo, que não provoca danos às atrações turísticas e ao ambiente natural. O desenvolvimento do turismo sustentável é um desafio comum a todos os destinos, principalmente os países pobres, que são também muito frágeis politicamente, pobres de infra-estruturas e de management.
O desenvolvimento de um turismo sustentável representa, portanto, uma grande potencialidade para o Laos, seja em campo estritamente econômico, através do incremento da ocupação local, seja em campo social, através da valorização dos recursos ambientais, humanos e culturais. Infelizmente, recorda-se que no âmbito do sistema econômico representado pelo turismo no Laos, esconde-se um fenômeno que está contribuindo - não obstante seja de pequenas dimensões, em relação ao todo - a prejudicar a imagem dos turistas, das empresas ocidentais e instituições, em muitos países: o turismo sexual. É um negócio que todos os anos, leva milhões de pessoas a procurarem aventuras sexuais a pagamento, e que constitui o ápice negativo do fenômeno da globalização.
(PA) (Agência Fides 19/2/2008)
