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Quito (Agência Fides) - O vulcão Tungurahua, situado no centro do Equador, retomou sua atividade eruptiva na quarta-feira, 6 de fevereiro, com fortes explosões e fluxo de magma, provocando colunas de cinza de uma altura de até 10 quilômetros e lançando rochas incandescentes. As autoridades decidiram retirar cerca de 3 mil pessoas de sete pequenos centros habitados, situados no lado ocidental do vulcão, prevendo um possível aumento da atividade vulcânica. Depois de algumas horas de repouso, o vulcão retomou com força a atividade eruptiva na quinta-feira, 7 de fevereiro, com freqüentes exalações de gases e cinza. No final do ano passado, a atividade do Tungurahua - um dos oito vulcões mais ativos do Equador - registrou um aumento que se intensificou nestes dias.
Isso fez com que fosse ativado um plano de emergência e de evacuação que prevê a preparação de vários abrigos para acolher os desabrigados. Segundo o Presidente Rafael Correa, a emergência naquela área durará pelo menos 60 dias, mas estão garantidas todas as precauções possíveis. No entanto, os habitantes, a maioria pobre, aprenderam a conviver com os rumores do vulcão e muitos deles se recusam a abandonar as próprias terras, apesar das numerosas perdas que sofreram a partir de 1999, ano em que terminou o período de quietude do Tungurahua. Nos trabalhos de emergência, além disso, há muitos problemas devido ao frio intenso e à falta de infra-estrutura, alimentos e medicamentos.
Ao receber as notícias sobre a retomada do processo eruptivo do vulcão Tungurahua e do estado de alerta máximo declarado em várias comunidades locais, a Igreja católica equatoriana mobilizou-se para fornecer sua ajuda às pessoas envolvidas. Como explicou o Secretário Executivo encarregado da Pastoral Social da Conferência Episcopal Equatoriana, Edgar Rivadeneira, a ajuda imediata consiste no envio de rações de alimentos, para algumas localidades e para Penipe e Cataló. A Pastoral Social, durante os próximos dez dias, espera poder entregar víveres a cerca de duas mil pessoas. Ao mesmo tempo, o organismo da Conferência Episcopal Equatoriana está realizando um estudo sobre a situação das áreas atingidas pela atividade eruptiva a fim de solicitar a cooperação de organismos de solidariedade, principalmente na Europa, também através da Caritas Internacional. (RG) (Agência Fides 8/2/2008)
