ÁFRICA/CHADE - “Agradeço ao Santo Padre pela solidariedade para com a população de Chade” disse à Fides o Núncio Apostólico

N’Djamena (Agência Fides) - “Agradeço ao Santo Padre pela mensagem de solidariedade e a proximidade manifestada à população do Chade nesse difícil momento” disse à Agência Fides Dom Pierre Nguyên Van Tot, Núncio Apostólico no Chade.
Na audiência geral de quarta-feira, 6 de fevereiro, Papa Bento XVI lançou um veemente apelo aos combatentes no Chade para que deponham as armas: “Nesses dias, estou especialmente próximo à estimada população do Chade, convulsionada por dolorosas lutas internas, que causaram numerosas vítimas e a fuga de milhares de civis da Capital. Confio também à oração e à solidariedade de vocês esses irmãos e irmãs que sofrem, pedindo que eles sejam poupados de novas violências, e que seja garantida a necessária assistência humanitária, e dirijo um veemente apelo para que deponham as armas e percorram o caminho do diálogo e da reconciliação”.
“ Transmitimos a mensagem do Papa aos Bispos do Chade, que a receberam com alegria por terem realizado o seu desejo de ouvir as palavras do Santo Padre sobre os últimos acontecimentos no Chade” disse o Núncio. “A maior parte das dioceses do País não foi atingida pela guerra porque o Chade é um País muito vasto e as distâncias são enormes. Apesar disso, os Bispos mobilizaram a comunidade católica para orar incessantemente pela paz”.
O Bispo de Goré, Dom Rosario Pio Ramolo, promoveu momentos especiais de oração pela paz. “A situação na capital, N’Djamena, é calma, mas muitas pessoas que fugiram durante os combates resistem em voltar enquanto não a estabilidade não retornar” - conclui o Núncio.
Vários refugiados estão na fronteira de Camarões, cerca de 5 mil, na paróquia de Kousseri, na diocese de Yagoua (ver Fides 6/2/2008). Segundo a Cruz Vermelha local, na batalha de N’Djamena, de 3-4 de fevereiro passado, foram mortas 160 pessoas e mil ficaram feridas. No plano político, permanece a incerteza sobre as ações dos rebeldes. O Presidente, Idriss Deby, declarou ter reconquistado o controle da capital e do resto do País e a França renovou o seu apoio ao governo local através do Ministro da Defesa de Paris, que visitou Chade e o contingente militar francês ali posicionado.
(L.M.) (Agência Fides /2/2008)