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Tabasco (Agência Fides) - Continua o estado de emergência no Estado mexicano de Tabasco e em diversos municípios de Chiapas, após as graves inundações dos últimos dias. Segundo a afirmação do Bispo de Tabasco, Dom J Benjamín Castillo Plasencia, numa carta enviada a todos os Bispos do México pedindo ajuda, este fenômeno natural ocorrido na segunda-feira, 29 de outubro, "é o mais grave da história de Tabasco". 80 por cento do território do estado estão sob as águas, mais de um milhão de vítimas perdeu suas casas e colheitas; 100 por cento das plantações foram perdidas devido ao transbordamento de seis rios. Além disso, os abrigos para acolher os desabrigados postos à disposição pelo Governo são insuficientes, por isso todas as paróquias que não foram inundadas uniram esforços para preparar outros abrigos, em conjunto com o governo do estado. "Se uma igreja não foi inundada se transforma num centro de acolhimento. Contam quantas pessoas ali estão e enviam as ajudas para cobrir as suas necessidades” afirma Pe. Mario Jiménez, delegado da Caritas Tabasco. A diocese de Tabasco possui 1.500 locais de oração em todo o território. Os próprios escritórios da Cúria também foram inundados.
“A coisa mais preocupante - continua o Bispo - é que ainda não conseguimos ajudar os mais necessitados que permaneceram isolados, alguns não têm água potável e alimentos porque não possuímos os meios para levar até eles a nossa ajuda”. Temendo uma nova frente fria que possa piorar a situação, o Bispo na carta pede ajudas imediatas em alimentos, roupas, água, cobertas medicamentos... e também, a longo prazo, porque "por experiências passadas (1999), sabemos que a circunstância não acaba tão cedo", portanto "a Igreja terá muito a fazer depois das inundações".
A Caritas México analisou a situação que vive o país: “Após uma semana das inundações em Tabasco, as ajudas que estão chegando encontram problemas logísticos para chegar às vítimas” comentou Pe. Mario Jiménez. O Bispo de Tabasco estabeleceu um contato permanente com as autoridades federais e estatais para que as ajudas cheguem às vítimas de forma rápida e contínua. Daniel Goñi Díaz, Presidente Nacional da Cruz Vermelha Mexicana, ressaltou que "são necessárias mais ajudas humanitárias para mais de 800 mil vítimas em Tabasco". As prioridades agora são os alimentos e os medicamentos para prevenir infecções na população. São muitos também os voluntários no trabalho para garantir o socorro. (RG) (Agência Fides 7/11/2007)
