Órgão de Informação das Pontifícias Obras Missionárias desde 1927
Bangalore (Agência Fides) - É o Estado que detém o triste recorde de violências infligidas às comunidades cristãs: o Karanataka, Estado da India meridional, é famoso pela presença de um dos distritos tecnológicos de nível internacional (o de Bangalore), mas está subindo às honras das notícias também pelos inúmeros episódios de violência que se registram contra pessoas e estruturas cristãs no território. É o que afirma em um circustanciado relatório do “Global Council of Indian Christians” (Conselho Global dos Cristãos Indianos), organismo ecumenico com sede em Bangalore, que reúne líderes cristãos de todas as confissões, com uma larga base de associações de leigos, para tutelar os direitos humanos e os direitos das minorias religiosas. Segundo o Relatório, nos últimos 20 meses em Karanataka se verificaram 87 episódios de violência anticristã, enquanto a seguir está o Estado de Madhya Pradesh (Índia Central) com 37 casos. O Relatório contou no total 464 casos de violência contra os cristãos de toda a Índia nos últimos 20 meses, denunciando o crescimento do extremismo religioso hindu que ataca sem motivo os fiéis de outras confissões.
O Conselho submeteu o Relatório, que contém testemunhos, narrações e fotografias, à Comissão Nacional para os Direitos Humanos, reiterando a necessidade de que o governo central se estorce ainda mais para tutelar a liberdade de culto das minorias cristãs. O Conselho afirma: “Depois que o partido nacionalista Baratya Janata Party entro una coalizão de governo em Karnataka, se difundiu um clima de impunidade por todos os atos realizados em nome da ideologia do hindutva” uma espécie de integralismo religioso hindu, ndr). Muitos dos ataques, afirma o Relatório, ocorreram contra pessoas inocentes, que estavam reunidas pacificamente em oração em casas, igrejas ou capelas.
Recentemente, o Conselho já havia sinalizado com preocupação os grandes sofrimentos dos cristãos na Índia e a escalada de violência contra eles (veja Fides 24/9/2007). (PA) (Agência Fides 23/10/2007)
