ÁFRICA - A África festeja os dois novos Cardeais africanos: os Arcebispos de Dacar e Nairóbi

Segunda, 22 Outubro 2007

Roma (Agência Fides) - “Recebo a nomeação como Cardeal com humildade, como um chamado, um dever de servir mais e melhor o Senhor” - disse Dom Théodore Adrien Sarr, Arcebispo de Dacar, no Senegal e Presidente da Conferência Episcopal de Senegal, Mauritânia, Gâmbia, Guiné-Bissau e Cabo Verde, comentando sua elevação a Cardeal, decidida pelo Papa Bento XVI. Além do Arcebispo da capital senegalesa, outro africano vai receber a púrpura cardinalícia no Consistório de 24 de novembro: Dom John Njue, Arcebispo de Nairóbi, no Quênia.
A nomeação dos dois novos Cardeais africanos suscitou grande alegria em Senegal e no Quênia, não apenas entre os católicos, mas em toda a nação. O Cardeal Sarr reafirmou a intenção de trabalhar pelo diálogo islâmico-cristão: “Gostaria que este suplemento de autoridade moral que a dignidade de Cardeal me confere possa contribuir para promover o diálogo islâmico-cristão no Senegal e no exterior”. Em Senegal, a maior parte da população (cerca de 90%), é muçulmana, mas existe uma comunidade católica muito vivaz e bem integrada, que tem um ótimo relacionamento com a maioria islâmica. Uma das maiores autoridades islâmicas, o Khalifa Thierno Habibou Mountaga Tall, havia até mesmo preanunciado ao direto interessado a sua nomeação como Cardeal até o fim deste ano.
No Quênia, a elevação à dignidade Cardinalícia de Dom Njue foi recebida com grande destaque pela mídia local: jornais, rádio e televisões dedicaram numerosas páginas e diversas horas de programação ao evento. O maior cotidiano do País, o “Daily Nation,” escreveu que “a nomeação de Papa Bento XVI é não apenas uma honra para a Igreja, para todo o País”.
O Presidente queniano, Mwai Kibaki, católico, enviou uma mensagem de felicitações a Dom Njue: “Eu e minha esposa Lucy lhe oferecemos nosso apoio, com nossas orações. Que o Senhor a abençoe no momento em que empreende este importantíssimo dever de oferecer guia espiritual aos fiéis católicos”.
(L.M.) (Agência Fides 22/10/2007)


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