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Roma (Agência Fides) - A insegurança alimentar atinge ainda hoje um sétimo da população mundial. De fato, mais de 850 milhões de pessoas estão subnutridas no mundo. Segundo alguns estudos, a fome afetará, em 2020, um bilhão e 300 milhões de pessoas (uma criança em cada quatro, de idade entre 0 e 6 anos), se não forem adotadas políticas capazes de satisfaze o “direito ao alimento”.
A meta dos Objetivos do Milênio, como a redução à metade até 2015, está fortemente ameaçada. “O direito ao alimento” é o tema do anual Dia Mundial da Alimentação, que se celebra hoje, 16 de outubro, com numerosos eventos, em todo o mundo.
A Associação Voluntários para o Serviço Internacional (AVSI) há anos está engajada na luta à desnutrição, com numerosos projetos. Entre os exemplos de sucesso, o Centro de recuperação e educação nutricional de São Paulo, no Brasil, e o Centro nutricional de Humure, nas colinas de Ruanda.
No Brasil, as porcentagens de desnutrição permanecem elevadas, seja em áreas urbanas seja nas periféricas e rurais. Nas favelas, 40% das crianças são subnutridas. A experiência do CREN, o Centro de recuperação nutricional para a infância, nasce da compartilha com as famílias da favela das necessidades das crianças.
Após uma atividade caritativa desempenhada diretamente na favela pelos médicos nutricionistas da Universidade Federal de São Paulo, 1994, fundaram o CREN, com a contribuição da AVSI, promovida pelo Ministério do Exterior Italiano, e sucessivamente, com o apoio, à distancia e outras doações particulares. Hoje, em 2007, apenas na cidade de São Paulo existem 3 centros CREN, situados em lugares mais necessitados.
Nestes anos, o Centro experimentou um método capaz de prevenir, tratar e curar a desnutrição infantil. A preparação em campo médico-sanitário foi sempre acompanhada pela atenção dos educadores de crianças, conscientes de que o estado de saúde de uma criança dependa de modo consistente do afeto com o qual é assistido.
A AVSI iniciou suas intervenções em Ruanda em julho de 1994, três meses depois do genocídio, quando era preciso garantir a mil crianças, marcadas pela guerra, assistência médica, nutricional e psicofísica. Em 2000, surgiu o Centro nutricional em Humure, no distrito de Gatsibo, nordeste do país. Além de garantir às crianças uma dieta altamente nutritiva, assistentes especialmente formados desempenham a importante tarefa de sensibilização e educação alimentar junto às mães, de modo que aprendam o potencial nutritivo dos alimentos disponíveis na área, e para que saibam como introduzi-los corretamente na dieta familiar.
Nos últimos anos, o Centro cresceu rapidamente. Foi aberta uma nova divisão de maternidade, na qual as mães realizam o parto, e um centro de prevenção e cura do Hiv/Aids, onde estão em andamento importantes atividades para o nascimento de bebes saudáveis de mães soropositivas. (AP) (16/10/2007 Agência Fides)
