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Bagdá (Agência Fides) - A comunidade católica Caldéia no Iraque anunciou o iminente lançamento de um novo site na web dedicado ao pe. Raghhed Ganni, o sacerdote Caldeu assassinado com três diáconos em Mosul, e para defender a presença dos cristãos em terras iraquianas. É o que diz no boletim de informação “Baghdadhope”, pe. Rayan Atto, pároco da igreja católica Caldéia de Mar Qardagh na cidade de Erbil, afirmando que o projeto já recebeu a aprovação do Bispo Caldeu de Mosul, Dom Faraj P. Rahho. “Trata-se - explica pe. Atto - de um site que será dedicado à reunião dos testemunhos daqueles que conheceram pe. Ganni ao longo de sua vida, que o acompanharam em seu caminho espiritual ou que simplesmente têm dele uma recordação que desejam compartilhar com todos os que lhe queriam bem”.
Entre todos os testemunhos que chegarem, o site publicará “aqueles que saberão destacar a personalidade do pe. Ganni, a sua espiritualidade, a sua comunhão com Deus. As recordações que as pessoas têm dele como homem, seminarista e sacerdote”.
Como explica pe. Atto, o objetivo do projeto é “fazer com que o mundo inteiro conheça a história do pe. Ganni, primeiro através da web, depois através de um livro que a igreja de Mar Qardagh em Erbil, da qual sou pároco, está empenhada em publicar”.
Todos os amigos de pe. Ganni poderão escrever por e-mail as suas recordações em árabe, inglês e italiano. “O site na web e o livro servirão para renovar a lembrança de um dos mártires da nossa Igreja, para compreender profundamente as linhas mestras da sua vida e para segui-las como exemplo de vida cristã”.
O projeto tem também o objetivo de chamar a atenção da Igreja no mundo e da opinião pública internacional sobre a condição crítica da comunidade cristã no Iraque. Os Bispos Caldeus e outros líderes cristãos do Iraque e dos países do Oriente Médio renovaram recentemente a sua denúncia sobre as perseguições que os cristãos sofrem no Iraque, apelando para as autoridades civis, no Iraque e a nível internacional.
A Caritas Internationalis lembrou as difíceis condições de vida dos refugiados, enquanto o êxodo dos cristãos continua: a Jordânia recebeu até hoje 800.000 refugiados do Iraque, dos quais mais de 10% são cristãos. Os cristãos no Iraque são uma minoria reduzida ao mínimo, ameaçada e perseguida diariamente. Onde, até há pouco tempo, surgiam bairros inteiros cristãos, agora não restam mais do que poucas famílias: os observadores descrevem uma comunidade muito sofrida e obrigada a fugir, desabrigada, que se sente abandonada à própria sorte.
Os cristãos são dos componentes mais antigos da população iraquiana e até o início se fundiram a comunidades de crenças e etnias diferentes como os árabes, os curdos, os turcomanos, dando uma notável contribuição à civilização do Iraque. (PA) (Agência Fides 12/10/2007)
