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Paraná (Agência Fides) - A Arquidiocese de Paraná celebrou pela primeira vez, domingo, dia 30 de setembro, o Dia da Família, num contexto muito particular, depois da polêmica gerada com o caso de aborto praticado em um hospital da cidade de Mar del Plata em uma jovem com deficiências mentais, vítima de uma presumível violação (veja Fides 27/9/2007).
Na realidade, esta celebração já era feita há anos na diocese, mas nunca havia obtido um grande eco, motivo pelo qual, foi proposta novamente. Segundo Dom Ramón Gauna, delegado da Pastoral da Família do Arcebispado de Paraná, o objetivo era celebrar a boa notícia do matrimônio e da família, “com a convicção de que a família é um bem para toda a Igreja e para toda a sociedade”.
No texto da Mensagem enviada a todas as comunidades, recorda-se que “embora todos saibamos que existe a Festa da Santa Família, que se celebra junto com o mistério do Natal do Senhor, pareceu-nos oportuno estabelecer um domingo no qual todos possamos nos unir numa celebração, para reforçá-la e destacar mais claramente a mensagem sobre o matrimônio e a família. É por isso que foi proposto o último domingo de setembro, e foi aceito pelo nosso Bispo, Dom Mario Maulión”.
Os organizadores afirmam que “no Dia da Família, queremos proclamar a verdade, a identidade do matrimônio e da família, que têm origem no mesmo Criador. Neste dia, queremos todos, de modo unânime, proclamar a grandeza desta vocação, encorajar os que estão vivendo a vida matrimonial e familiar, para que toda família seja escola de verdadeiros discípulos missionários do Evangelho, uma pequena Igreja. Ao mesmo tempo, nos unimos para interceder por aqueles que estão passando momentos difíceis”.
Durante o Dia, cada paróquia organizou suas próprias atividades e uma celebração particular, durante a qual, realizou-se a renovação das promessas matrimoniais.
Entretanto, continuam os rumores de protestos contra o aborto praticado na jovem com deficiências. A Ação Católica Argentina, A.C.A, uniu-se às críticas da Igreja, considerando que existem inúmeras razões “para defender a vida de uma criança não-nascida, além de toda situação difícil e dolorosa, na qual pensamos que se possa encontrar sua mãe e sua família”. Também a Junta nacional do Partido Democrático cristão emitiu um comunicado, intitulado “A Democracia cristã defende a vida”, no qual assinala que “diante da recente execução de uma criança não-nascida, reitera a sua “firme convicção de defesa da vida, desde a concepção até a sua morte natural”. (RG) (Agência Fides 2/10/2007)
