Órgão de Informação das Pontifícias Obras Missionárias desde 1927
Cidade do Vaticano (Agência Fides) - Com a festa litúrgica da Padroeira das Missões, Santa Teresa de Lisieux, em 1° de outubro tem início o Outubro Missionário, que terá o seu ápice na celebração do Dia Mundial das Missões no penúltimo domingo do mês, em 21 de outubro. Em algumas nações, o Dia é transferido a outro domingo do mesmo mês. A Mensagem que o Santo Padre Bento XVI enviou para o 81o Dia Mundial das Missões é intitulada “Todas as Igrejas para o mundo inteiro”. Outubro foi escolhido como mês missionário em memória da descoberta do continente americano, que abriu uma nova página na história da evangelização.
Além disso, este ano recorre uma circunstância particular: os 80 anos da publicação do decreto que declarou Santa Teresa Padroeira das Missões. Em 14 de dezembro de 1927, com efeito, a Congregação dos Ritos publicou o decreto com o qual, por decisão do Papa Pio XI, se declarava “Sta. Teresinha padroeira especial dos missionários, homens e mulheres, existentes no mundo”. Este titulo lhe foi conferido “como foi conferido a S. Francisco Xavier, com todos os direitos e os privilégios que este título comporta”, direitos e privilégios que dizem respeito ao culto litúrgico.
Na Capela do Palácio de Propaganda Fide, o Secretário da Congregação para a Evangelização dos Povos, Dom Robert Sarah, presidiu esta manhã a Concelebração Eucarística, da qual participaram sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos da Congregação e dos Secretariados internacionais das Pontifícias Obras Missionária. “Hoje, estamos felizes em celebrar a festa de Santa Teresa do Menino Jesus e da Santa Face, Padroeira das Missões e plenamente missionária também na sua vida de clausura”, disse Dom Sarah na homilia. “Toda a vida de Santa Teresa de Lisieux é repleta de Deus e do seu Amor, e nos impulsiona a apreciar a beleza da união íntima com Deus, com Cristo, vivida em uma vida de oração contemplativa e de amor. Com Santa Teresa aprendemos não somente a caminhar rumo à nossa conversão, para nos tornar como crianças, mas aprendemos, sobretudo, a colocar em realce o primado do Amor de Deus e a necessidade da nossa resposta, pessoal e generosa, na oração cotidiana e na consagração total do nosso ser a Deus”.
O Secretário do Dicastério Missionário recordou que o objetivo da vida de Santa Teresinha era estar ao lado do Crucificado, onde compreendeu o imenso amor de Deus por nós; por isso, a sua vida sempre foi caracterizada pelo desejo de “amar o Amor”, de “amar Jesus como ninguém O amou”. Esta busca cotidiana a levou a descobrir a sua vocação e o seu lugar na Igreja: “No coração da Igreja, minha mãe, eu serei o Amor, assim eu serei tudo”. Na Igreja, Santa Teresa será missionária rezando e amando. “Não podemos ser missionários sem amar - destacou Dom Sarah -, sem aprender o que quer dizer amar realmente, porque evangelizar é levar o Amor de Deus aos homens”. A vocação missionária, como destacada também pelo Concílio Vaticano II, se expressa e é autêntica em uma dimensão de radicalidade e de totalidade: tudo deve pertencer a Deus, toda a nossa vida, para todos e em todos os lugares. “Rezemos para melhor entender a nossa vocação missionária - conclui Dom Sarah - e imitar Santa Teresa do Menino Jesus no nosso caminho cotidiano rumo à plenitude do amor e rumo à nossa vocação à santidade.” (S.L.) (Agência Fides 1/10/2007)
