ÁSIA/CORÉIA DO SUL - Os franciscanos há 70 anos na Coréia, para restituir o primado ao Espírito e colocar-se a serviço dos marginalizados

Seul (Agência Fides) - Dar uma alma à sociedade coreana, secularizada, invadida pelas novas tecnologias que frequentemente desumanizam as relações entre pessoas: essa é a vocação e a missão dos franciscanos, que festejaram seus 70 anos de presença em terras coreanas, transcorridos evangelizando na pobreza e na simplicidade, segundo o estilo de vida do Pobrezinho de Assis.
A presença franciscana na Coréia se caracterizou desde o principio como uma atividade eminentemente espiritual, que ensina a colocar em primeiro lugar “as coisas do Alto”, a relação com Deus, muitas vezes penalizada na sociedade do consumo e da eficiência; através da catequese, da celebração dos Sacramentos (especialmente a Confissão), e da organização de jornadas e semanas de retiro espiritual.
Ao lado da direção espiritual de tantos fiéis e famílias, sacerdotes e freiras, os franciscanos não ignoraram a evangelização e as obras sociais, como destaca um vídeo realizado por ocasião dos 70 anos, que mostra os freis e os leigos franciscanos trabalhando em leprosários, institutos para portadores de deficiências e centros de acolhimento para pobres e marginalizados, sempre mais numerosos na sociedade coreana.
Os primeiros dois religiosos franciscanos chegaram à península coreana provenientes do Canadá, em 1937, e fundaram a primeira comunidade franciscana em Daejeon em 1938. Vinte anos depois, os freis fundaram, e ainda hoje gerem, um leprosário na província de Gyeongsangnam (300 km ao sul de Seul), que hoje hospeda mais de 200 doentes.
A presença dos freis cresceu também graças às vocações locais: assim, em 1987 a Ordem dos Frades Menores erigiu oficialmente a Província coreana, que hoje compreende cerca de 150 religiosos e também contribuiu à missão ad gentes, enviando frades à China, Israel, Japão, Rússia e Cazaquistão.
Atualmente, um novo campo de assistência espiritual de evangelização e promoção social foi eleito pela comunidade franciscana na Coréia: os imigrantes (especialmente filipinos), que constituem uma parte sempre mais relevante da sociedade coreana e vivem problemas de ambientação cultural, de obstáculos práticos e de orientação espiritual. (PA) (Agência Fides 25/9/2007)