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Lima (Agência Fides) - «Por um rosto humano no setor de mineração», é o título do comunicado publicado pelos bispos do Peru, depois da reunião realizada no dia 18 de setembro em Lima a respeito da exploração da mineração no departamento de Piura. No último domingo, dia 16 de setembro, foi feita uma consulta popular em três distritos rurais de Piura, vizinhos à fronteira com o Equador, a respeito da exploração de uma mina de cobre pela mineradora Majaz. A pesquisa rejeitou por maioria a atividade de mineração naquela região, mas o governo peruano declarou ilegal aquela consulta popular. Os bispos, em seu comunicado, pedem que a exploração dos recursos naturais do país leve em consideração as condições de vida da população.
Em seu comunicado, os bispos recordam que o Peru é um país «amplamente abençoado por Deus, com diversas fontes de vida e de riquezas naturais», e é considerado como «um dos principais países do mundo, depositário de uma grande diversidade de plantas, animais, peixes, bosques e riquezas minerais». Por isso, estas se constituem fontes de riquezas materiais que, se bem utilizadas, «permitem um significativo crescimento das atividades econômicas, das entradas fiscais e dos investimentos para o desenvolvimento social nas diversas regiões do país», contribuindo assim «ao progresso da nação e ao bem comum de todos os peruanos».
Assim, a Igreja não é contrária ao «aproveitamento adequado dos recursos naturais do país, inclusive da riqueza de mineração, e encoraja a continuidade, porque permitem que as condições de vida sejam mais humanas». Todavia, segundo constatam os bispos, no Peru continua a haver um grande percentual da população em condições de pobreza. Por isso, os pastores do povo de Deus encorajam para que «sejam feitos esforços para construir uma cultura de paz, através de um diálogo justo, de igualdade, construtivo, de tolerância das opiniões diversas, e que esteja baseado na defesa irrenunciável da dignidade da pessoa humana e do bem comum». Conclui o comunicado: «O progresso do Peru exige de todos os seguintes elementos: diálogo, boa formação das consciências, dar e ter acesso a uma informação plena e adequada, escuta e abertura generosa para se chegar juntos à verdade». (RG) (Agência Fides 20/9/2007)
