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El Alto (Agência Fides) - Os Bispos da Bolívia, reunidos em Trinidad para a Consagração Episcopal de Dom Francisco Focardi o.f.m., Bispo Auxiliar de Beni, publicaram um comunicado, intitulado “Diálogo e bem comum”, no qual, assumem as preocupações de toda a população e exortam “homens e mulheres de boa vontade a duplicar seus esforços para encontrar espaços de convivência pacífica, desenvolvimento e justiça, em um contexto de liberdade e democracia”.
Os Bispos denunciam que o país está vivendo em um clima de áspero confronto entre as várias forças que tentam exclusivamente prevalecer, “sem se incomodar com o bem comum”, enquanto existem graves problemas “que atingem a vida cotidiana da cidadania, como o incremento do custo de vida, a falta de trabalho, a crescente insegurança urbana”, que não são levados em consideração pela comunidade política nacional, ‘cujo confronto e intolerância provocam desorientação e incerteza na população”. Os Bispos reafirmam sua esperança no processo da Assembléia Constituinte, desejando que leve a recuperar a certeza do futuro e o bem-estar, recordando a necessidade do diálogo e o acordo entre todos, abandonando os radicalismos e interesses de grupo, “elementos que impedem e colocam o processo em risco”.
Concluindo o comunicado, os Bispos bolivianos exortam todos os que têm o governo do país em mãos, “a despojar-se de atitudes de conflito e recuperar o diálogo, para construir uma sociedade democrática, baseada na justiça social, inclusiva e participativa, como melhor instrumento para a convivência pacífica e democrática do nosso país”.
Dom Jesús Juárez, Bispo da diocese de El Alto e Secretário Geral da Conferência Episcopal Boliviana (CEB), lançou um novo apelo à responsabilidade e à paz, diante desta situação: “trata-se de um problema nacional que atinge todos, visto que está em jogo a convivência pacífica e o processo democrático”. O Secretário da CEB solicita os líderes sociais e políticos “a renunciar a comportamentos intransigentes, medidas de pressão e meios violentos”, buscando a solução da crise por meio do diálogo. Um diálogo que “deve considerar o respeito às diferenças, a legitima liberdade de expressão e as questões da população, e a aceitação do debate como meio de solução”. Enfim, o comunicado lança um apelo “à paz, à serenidade e à oração, para todos os bolivianos”. (RG) (Agência Fides 11/9/2007)
