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Roma Agência Fides) - Quatorze entre os mais importantes líderes religiosos de Lesoto assinaram uma declaração que os compromete na luta contra o Hiv/Aids, que está devastando o país. É o que informa um comunicado da UNAIDS (organização das Nações Unidas contra a Aids), divulgado em Maseru.
“O trágico aumento da Aids requer um compromisso urgente e renovado por parte dos líderes religiosos, para permitir o acesso universal aos medicamentos antiretrovirais, às curas preventivas, ao tratamento e apoio aos soropositivos” - afirma o reverendo Mokhakhlane, porta-voz dos religiosos.
Na declaração, os líderes da Igreja destacaram a promoção da dignidade, da igualdade e dos direitos de todos, em especial dos doentes da Aids, e desmentiram a declaração que define o vírus mortal como uma punição divina. É a primeira vez que a sociedade ecumênica se faz ouvir com força.
Em Lesoto, registra-se uma prevalência de casos de Aids entre as mais altas do mundo, e mais de 23% da população de idade entre 15 e 49 anos é soropositiva.
Segundo a Comissão Nacional sobre a Aids (NAC) e a UNAIDS, em 2007, registraram-se cerca de 29 mil novos contágios, 80 por dia, o que perfaz um total de 270 mil soropositivos no país, dos quais 16 mil são crianças com menos de 14 anos.
Lê-se no comunicado que mais de 55% dos 180 mil crianças da região ficaram órfãos por causa da Aids. A NAC e as Nações Unidas estão trabalhando em estreito contato com a Igreja local e as organizações católicas para tentar limitar o grave problema. (AP) (26/7/2007 Agência Fides)
