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Lusaka (Agência Fides)- A colaboração entre Estado e Igreja esteve no centro do encontro de 12 de julho entre os membros da Conferência Episcopal da Zâmbia e o Presidente da República, Levy Mwanawasa.
Segundo um comunicado enviado à Agência Fides, Dom Telesphore G. Mpundu, Arcebispo de Lusaka e Presidente da Conferência Episcopal local, agradeceu ao governo por ter ouvido “o nosso pedido, feito há muito tempo, para abolir os pagamentos das mensalidades para as nossas escolas e instituições de saúde que recebem subvenções estatais”. Dom Mpundu, depois, recordou outros pontos de colaboração entre Estado e Igreja, e em particular a participação da Igreja na campanha nacional de vacinação contra o sarampo.
O Presidente dos Bispos também expressou apreço pelas instituições da Zâmbia, que “nos permite estar nas primeiras posições no confronto com diversos países africanos. Os governos da Zâmbia que se sucederam garantiram a manutenção da paz. Como Igreja, atribuímos grande importância à paz como um pré-requisito para o desenvolvimento integral do homem”.
Existem, porém, “algumas áreas que despertam a nossa preocupação e que queremos oferecer à sua atenção”, recordou Dom Mpundu ao Chefe de Estado. Dom Mpundu garantiu que “as nossas preocupações são causadas de maneira não partidária. Não somos membros de nenhum partido político ou grupo da sociedade civil. Nós falamos movidos pela profunda preocupação pela justiça, que provém da nossa fé em Deus”.
Entre os problemas levados à atenção do Presidente, os Bispos citam a falta de professores, sobretudo nas escolas de ensino médio, que “contribui a abaixar o padrão do nível de ensino”.
No campo da saúde, existem problemas provocados por uma mudança de gestão dos fundos estatais que atinge as instituições de saúde rurais da Igreja, “que são desfavorecidas em termos de fundos e remédios”.
Recordando que a Igreja “fala em nome de um grande número de pessoas, entre as quais os mais pobres do país”, o Presidente da Conferência Episcopal acrescentou que “nos sentimos obrigados a falar por conta dos tantos aposentados que ainda aguardam a pensão. Nós lhe pedimos, Excelência, que se dirija aos Ministros interessados para que façam um esforço para garantir o pagamento em dia do dinheiro devido a quem trabalhou por tantos anos”.
Por fim, os Bispos pediram mais controles sobre as condições de trabalho nas empresas locais de propriedade de investidores asiáticos, provenientes de países que “têm uma má reputação no que concerne ao tratamento dos trabalhadores”. (L.M.) (Agência Fides 20/7/2007)
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