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Cidade do Vaticano (Agência Fides)- “O recente reconhecimento das virtudes heróicas do Papa Pio XII, na minha opinião, é um sinal eloqüente em ordem à correta aplicação do Concílio Vaticano II”, afirma à Agência Fides o pe. Nicola Bux, Vice-diretor do Instituto Ecumênico de Bari, entrevistado por ocasião da apresentação do livro de Andrea Tornielli “Pio XII. Eugenio Pacelli, un uomo sul trono di Pietro”, ocorrida ontem em Roma.
“Segundo certas interpretações, com efeito, existiria uma linha de descontinuidade entre a Igreja pré-concilicar e a Igreja sucessiva ao Concílio. Aqueles que privilegiam esta interpretação tendem a contrapor Pio XII a João XXIII, esquecendo, entre outras coisas, o grande reconhecimento que o futuro Papa fez na oração fúnebre do Papa Pacelli”, explica pe. Bux. “Na realidade, como também recentemente recordou o Papa Bento XVI, não existe uma descontinuidade na história da Igreja, mas um processo linear. O Papa Pio XII antecipou e preparou o Concílio, basta pensar na reforma litúrgica por ele iniciada com a encíclica “Mediator Dei” ou na encíclica “Divino afflante Spiritu”, sobre o estudo da Sagrada Escritura. O Concílio realizou aquilo que havia sido iniciado sob o seu Pontificado. Não existe uma “contraposição” entre Pio XII e João XXIII, como tinha destacado o Papa Paulo VI, que iniciou contemporaneamente a causa de beatificação dos seus dois predecessores”.
“É oportuno, portanto, aprofundar a figura do Papa Pio XII”, destaca o pe. Bux. “Recordamos que ele lutou contra as ditaduras do seu tempo, permanecendo em Roma quando todas as outras autoridades haviam fugido. Os fiéis imediatamente reconheceram a virtude heróica em vida e esta é uma das condições para o início da causa de beatificação.” (L.M.) (Agência Fides 6/6/2007)
