Órgão de Informação das Pontifícias Obras Missionárias desde 1927
Quito (Agência Fides) - “Estamos num momento crucial do caminho de preparação para o Terceiro Congresso Missionário Americano (CAM 3) - explica, em uma conversa com a Agência Fides Pe. Timoteo Lehane, Diretor Nacional das Pontifícias Obras Missionárias do Equador, comentando o caminho de preparação para o CAM 3. “Durante este último ano, foram organizadas 14 Comissões, que estão já funcionado e pouco a pouco se consolidando, realizando as próprias tarefas”. O Cardeal Antonio González, Arcebispo emérito de Quito, é o Presidente da Comissão Central do CAM 3; o atual Arcebispo de Quito, Dom Raúl Vela Chirigoba, ofereceu todo o seu apoio ao evento; Pe. Timoteo Lehane é o Coordenador geral; e cada Comissão tem seu presidente e seu secretário.
No caminho de preparação para o CAM 3, assinala-se o término do trabalho da Comissão Teológica, muito importante para a contribuição missiológica para a V Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e do Caribe. Celebrou-se também o Primeiro Simpósio de Missiologia, em agosto de 2006. O Instrumento de trabalho, comunica Pe. Timoteo, está já praticamente completado, e está se preparando o II Simpósio, que tem dimensão mais pastoral e antropológica em relação ao I Simpósio, que foi mais bíblico e teológico.
A cidade de Quito também está se preparando para o evento: segundo informa Pe. Timoteo Lehane, ofereceu todo o apoio ao evento, que será uma das maiores reuniões jamais hospedadas pela capital. Os Bispos do Equador dedicaram a última Assembléia Geral ao tema da missão. A Assembléia contou com a participação de Dom Luis Augusto Castro, Arcebispo de Tunja e Presidente da Conferência Episcopal da Colômbia (veja Fides 21/4/2007).
Os Bispos também decidiram publicar no mês de outubro uma Carta Pastoral encorajando todos à missão. Aprovaram também a proposta para que as relíquias de Santa Teresa de Lisieux, Padroeira das Missões, façam uma peregrinação no Equador. As relíquias chegarão antes do início do CAM 3, e permanecerão no país até a conclusão do encontro, num total de oito semanas.
Em relação às expectativas do Congresso, Pe. Timoteo Lehane afirma: “Embora a América tenha uma grande experiência de animação missionária, deve ainda caminhar para ser mais missionária, sair de suas fronteiras. A América será missionária da pobreza, da pequenez e do martírio, e deve definir como fazê-lo. Por isso, acredito que o principal resultado será fortalecer o caminho missionário, propondo passos concretos, a serem percorridos pouco a pouco”. Para o Equador, “será um momento no qual recordar nossos missionários, aqueles que vieram e aqueles que partiram. Espero também que depois deste CAM 3, algumas Igrejas particulares que estão enviando missionários continuem a fazê-lo. Neste sentido, está mudando um pouco o conceito de missão. Antes, eram sobretudo as Congregações a enviar missionários, e hoje, se fala mais das Igrejas particulares. Portanto, acredito que um fruto será que muitas dioceses se reconheçam missionárias e muitas pessoas se conscientizem do próprio dever missionário na Igreja”. (RG) (Agência Fides 4/6/2007)
