ÁFRICA - “É necessária uma colaboração continental para fazer frente aos problemas energéticos dos Estados mais pobres”, afirmam os Ministros da Energia africanos

Roma (Agência Fides)- Uma política integrada sobre a questão energética, que envolva todos os Estados africanos, seja os ricos de combustível fóssil (petróleo e gás) e de energia hidrelétrica, seja os que carecem de recursos naturais. Foi o que pediram os Ministros da Energia africanos no final da 11° Conferência sobre petróleo, gás, comércio e finanças, que se realizou na semana passada em Nairóbi, no Quênia. O Congresso foi organizado pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) e pelo governo queniano e contou a participação de 440 pessoas, entre políticos, economistas e especialistas do setor energético.
O aumento dos preços dos carburantes está tendo sérias conseqüências sobre as economias dos países mais pobres e, em particular, dos Estados africanos menos ricos de recursos naturais.
Enquanto diversos países africanos se tornaram importantes exportadores de petróleo e outros estão para se tornar (veja Fides 24 de maio de 2007), a maior parte dos Estados africanos é obrigado a recorrer às importações para fazer frente às suas necessidades energéticas.
Além disso, os recursos energéticos do continente são ainda pouco utilizados, pois a África dispõe de 9.6% dos recursos mundiais de petróleo, diante de uma contribuição de somente 6% da produção mundial. Uma situação que deve ser melhorada com uma política continental, colocando juntos os recursos de todos os países africanos. (L.M.) (Agência Fides 29/5/2007)