Órgão de Informação das Pontifícias Obras Missionárias desde 1927
Aparecida (Agência Fides) - Os jornalistas credenciados para acompanhar a V Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e do Caribe desempenham um papel fundamental, porque são “a voz para o mundo” da mensagem da Conferência. É o que recordava a Mensagem a eles dirigida pela Conferência Geral do Episcopado Latino-americano, por ocasião do Dia Mundial das Comunicações, no último dia 20 de maio: “fazer chegar ao mundo os rostos, as realidades e as realizações das Igrejas locais do continente é uma tarefa difícil e delicada. São vocês, os comunicadores, aqueles que com dedicação fazem chegar a todas as casas o que está acontecendo em Aparecida”. Segundo o responsável das Comunicações do CELAM, Pe. David Gutiérrez, por ocasião da Conferência Geral de Puebla e de Santo Domingo, durante a visita do Santo Padre João Paulo II, cerca de 1500 jornalistas cobriram o evento. Somente 300 permaneceram durante o andamento das Conferências. Nesta ocasião, durante a visita de Papa Bento XVI, 3700 jornalistas estavam credenciados para a visita, e 500 para acompanhar os trabalhos da Conferência em Aparecida.
Darío Ortiza, Assessor de imprensa da Conferência Episcopal Mexicana, informa à Agência Fides que entre todos os jornalistas, reina um clima de solidariedade, típico de colegas que trabalham juntos, uns com os outros. Em relação à informação recebida, considera que é sempre muito útil, mas nem sempre suficiente. A este respeito, María Elena Rojas, Assessora de imprensa da Conferência Episcopal Peruana, diz à Fides que nesta Conferência há uma grande abertura aos meios de comunicação: “é uma Conferência que está se deixando ver” - afirma, e isto contribui para uma grande riqueza de todos.
Entre os temas que mais interessam os jornalistas, María Elena Rojas ressalta, antes de tudo, a Grande Missão Continental, que se apresenta como uma novidade: quer-se saber se será articulada concretamente com linhas gerais, ou se será o simples desejo de dispor o continente ao estado de missão, para alcançar os objetivos que o documento final indica. Interessam também muito, sobretudo aos jornalistas da mídia não-religiosa, temas relativos à realidade cultural, social, econômica, além dos resultados do exame e da análise que a Igreja está fazendo em seu próprio âmbito. Segundo Darío Ortiza, entre os temas que mais interessam a mídia não-confissional está a definição da contribuição da Igreja, a partir da V Conferência Geral, na solução dos problemas sociais da maioria dos países latino-americanos, como a migração, a desigualdade social, os camponeses, setores marginalizados ou em condições vulneráveis... Para Darío Ortiza, existe um grave risco neste sentido: esperar que a V Conferência resolva todos os problemas da América Latina. Há grande expectativa para isto, mas não é exatamente esta a função da Conferência. (RG) (Agência Fides 26/5/2007)
