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Cidade do Vaticano (Agência Fides) - Quinta-feira, 25 de março de 1858, revelação do “Nome”: 16ª Aparição. “A Senhora está para anunciar-se. Na vigília da Anunciação, Bernadete sente o chamado de Nossa Senhora. “Quando estava diante d’Ela, lhe pedi desculpas por ter chegado tão atrasada. Sempre boa comigo, fez-me sinal com a cabeça que não era necessário desculpar-me. Então, lhe expressei como pude todo o meu afeto, todo o meu respeito e a sorte que tinha por encontrá-la. Depois de entretê-la com tudo aquilo que vinha do meu coração, tomei meu Terço. Enquanto estava em oração, a idéia de pedir-lhe seu nome se impôs no espírito com uma persistência que me fez esquecer todas as outras coisas; temia ser inoportuna, reiterando uma pergunta que ficou sempre sem resposta, todavia algo me obrigava a falar. No final, com um movimento que não soube conter, as palavras me saiam dos lábios e pedi à Senhora: «Senhora, quereis ter a bondade de dizer-me quem és?». Como com as minhas precedentes perguntas, a Senhora inclinou a cabeça, sorriu, mas não respondeu. Não sei porque, aquela manhã, me sentia mais corajosa e voltei a pedir-lhe a graça de fazer-me saber seu nome. Renovou o sorriso e a sua saudação e continuou calada... então, uma terceira vez, com as mãos juntas, declarando-me indigna do favor que lhe pedia, recomecei a minha oração. Inicialmente, a Senhora estava abaixo da roseira. Na minha terceira pergunta, tomou uma expressão grave e pareceu humilhar-se. Depois uniu as mãos, as trouxe ao coração e olhou para o céu, No final, separando-as lentamente, como no medalhão milagroso, e curvando-se em minha direção disse-me com uma voz muito doce: «Qué Soy Era Immaculada Councepciou». Bernadete não entendeu o que queria dizer a expressão “Imaculada Conceição”. Mas o senhor pároco sabia muito bem. Assim, foi imediatamente ter com ele repetindo sem parar as palavras da Senhora, e isso preocupou e convenceu o pároco: com efeito, quatro anos antes, em 1854, o Papa Pio IX havia feita disso uma verdade da fé católica (dogma)”.
Nota: o Arcanjo Gabriel saudou Maria nesses termos «gratia plena», «cheia de graça», que foi entendida como a revelação do privilégio particular da Virgem Maria. O bem-aventurado Papa Pio IX declarou na Encíclica “Ineffabilis Deus” de dezembro de 1854: “Se como os mesmos Padres e os escritores eclesiásticos estavam plenamente convencidos de que o Anjo Gabriel, ao dar à bem-aventurada Virgem o anúncio da altíssima dignidade de Mãe de Deus, a tinha chamado, em nome e por conta do próprio Deus, ‘cheia de graça’, ensinaram que, com esta singular e solene saudação, nunca antes ouvida até então, se proclamava que a Mãe de Deus era a sede de todas as graças divinas, era enfeitada de todos os carismas do Espírito Santo, ou melhor, era um tesouro quase infinito e um abismo inesgotável daqueles mesmos dons divinos, a tal ponto que, nunca tendo sido sujeita a maldição, mas partícipe, junto ao seu Filho, da eterna bênção, mérito de ser chamada por Isabel, movida pelo Espírito de Deus: «Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre» (Ineffabilis Deus). E foi naquele dia preciso que a Santa Virgem escolheu para revelar a Bernadete que Ela é a «Imaculada Conceição». (J.M.) (Agência Fides 21/5/2007)
