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Itaici (Agência Fides) - Na conclusão da 45a Assembléia Plenária da Conferência Episcopal dos Bispos do Brasil (CNBB), os Bispos publicaram uma declaração sobre o momento político nacional, na qual demonstram sua solidariedade com todo o povo, e sobretudo com os pobres e pessoas que sofrem. Os Bispos acolhem a preocupação comum da Igreja de iluminar as consciências nestes momentos delicados do país, pouco antes da chegada do Santo Padre Bento XVI.
Segundo os Bispos, emergem “graves carências de ordem ético e político na vida pública da América Latina”, e em concreto, no Brasil, onde existem tantas necessidades urgentes para proceder no caminho do desenvolvimento, e assegurar condições de vida dignas, sobretudo aos grupos sociais vítimas de discriminação, como os povos indígenas, os afro-descendentes, as crianças, os doentes, emigrantes e refugiados. Os Bispos lançam também um forte apelo pela defesa da vida nestes momentos em que se tenta legalizar o aborto no país. “A desvalorização da dignidade humana e a falta de critérios evangélicos e éticos, estão na raiz da banalização da vida, gerando uma crescente violência em nosso país” - afirmam no texto. Assim sendo, os Bispos condenam novamente “toda tentativa de legalizar o aborto e da manipulação de embriões humanos para fins terapêuticos. É preciso defender a vida, desde o momento da concepção até a sua morte natural” - destacam, encorajando todos os cristãos e as pessoas de boa vontade a empenhar-se na defesa e na promoção incondicionada da vida.
Mostram também preocupação pelos fortes indícios de corrupção na justiça e consideram que “urge uma reforma política que fortaleça a democracia direta e participativa que favoreça uma maior transparência do poder judiciário”. Consideram fundamental “o fortalecimento da democracia através de exigências éticas, seja no campo político como econômico e social”.
Durante a Assembléia Plenária, foi também eleita a nova diretoria da CNBB: Dom Geraldo Lyrio Rocha como Presidente, Dom Luiz Soares Vieira como Vice-presidente e Dom Dimas Lara Barbosa come Secretário Geral. Dom Geraldo Lyrio disse interpretar esta nomeação “por este serviço na CNBB, como expressão do desejo de Deus que se manifesta na eleição feita pelos irmãos no Episcopado”, e ao mesmo tempo, expressou com afeto e veneração sua “obediência e fidelidade ao Sucessor de Pedro” e seu “propósito sincero de caminhar sempre em estreita comunhão com a Sede Apostólica e a Escola universal dos Bispos”.
(RG) (Agência Fides 11/5/2007)
